Não basta planejar, é preciso executar

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Empreendedorismo, planejamento e execução compõem o tripé do processo de evolução das empresas. O primeiro abre portas por meio da ação imediata dirigida pela dinâmica de mercado; o segundo corre em paralelo ao anterior, oferecendo sustentação para o crescimento contínuo da organização; e o terceiro efetiva o planejado que sustenta o espírito empreendedor inicial.

Portanto, falamos de uma relação interdependente, de um ciclo que se autoalimenta continuamente. Porém, ao observarmos a rotina empresarial, hoje constatamos o desequilíbrio desse conjunto que garante longevidade inovadora aos negócios, ou seja, mantém a empresa em pé.

Em tempos recentes, tivemos a ousadia de empreender, favorecidos por uma inédita estabilidade econômica. Fizemos do empreendedorismo nossa palavra-chave. Com o tempo, para sustentá-lo em bases consistentes, aprendemos a investir em planejamento, evitando as até então comuns correções de rumo em diferentes etapas do trajeto. Então, o que nos falta hoje? Execução. Mas como, se somos reconhecidos como empreendedores ou empresários de ação?

Acredito que a resposta a esta pergunta exija reflexão sobre onde está concentrada essa ação. Em especial, entre as empresas de médio e grande portes, ela se encontra “paralisada” na fase de planejamento. Explico: a ação está voltada à alimentação contínua da cultura de planejamento, o que impede a execução.

Observamos que essa parte do tripé empresarial, por trazer certo elitismo à estrutura organizacional, corre o risco de transformar-se em fim de si mesmo, perdendo seu papel de meio que nos leva ao fim, ou seja, à execução.

Na alternância do ciclo empreender-planejar-executar, constatamos que as empresas estão cada vez mais focadas na formalização de ideias que não saem do papel, minuciosamente planejadas e a todo momento complementadas com novas análises e documentações, o que nos leva a constatar, na prática, que as empresas se colocam na linha de perigo para atingir a excelência em planejamento e perder a vocação da execução.

Como afirmava Goethe, "não basta saber, é preciso também aplicar; não basta querer, é preciso também fazer”. Levando o pensamento do escritor alemão à realidade empresarial, devemos lembrar-nos de que não basta traçar o caminho, é preciso trilhá-lo. Isto é, não basta planejar o empreendimento, é preciso executá-lo.

Só assim podemos evitar o desequilíbrio que gera o risco permanente de sermos engolidos pelo mercado. Portanto, é preciso que as empresas retomem a execução, pois só assim estarão dando utilidade ao planejado e mantendo o equilíbrio do tripé que as sustentam.

Fonte: Administradores.com

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