O preço da perfeição!

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Imagine um mundo onde tudo seja perfeito e onde a perfeição seja fácil de atingir. E se todos fossem perfeitos em tudo o que fazem? E se o nosso nível de produtividade fosse 100%?

Estamos numa época em que se assiste cada vez mais à proliferação do ensino por B-Learning, ou seja, os alunos passam a ter um papel preponderante na maneira que desenvolvem as suas capacidades e conhecimentos. As plataformas electrónicas como o Moodle vieram acelerar o processo de B-Learning em todo o mundo. Este relativamente novo processo de aprendizagem é também denominado de ensino à distância, onde os conteúdos são disponibilizados na internet e a presença dos alunos nas aulas é diminuída.

Muita gente procura a perfeição, até é normal ouvir: “Ninguém é perfeito”. E se fossemos?

Todos os seres humanos nasceriam perfeitos, B-Learning seria fácil – para quê professores?

Ninguém seria ladrão ou faria mal aos outros – para quê a polícia? E mesmo que tentassem fazer mal a polícia teria um nível de produtividade de 100% seria fácil de reduzir o nível de criminalidade a 0%.

Cientistas descobririam a solução para todas as doenças. Uma mega-vacina que nos protegesse contra tudo. Seriamos imortais?! Parece bem, mas traria rapidamente sobrepopulação ao Planeta Terra e rapidamente os recursos se esgotariam.

Claro que num mundo perfeito toda a gente seria rico certo? E onde gastar o dinheiro? Comprando carros, casas, roupas, bens infindáveis – rapidamente os recursos se esgotariam. Ou pensam que os carros e casas e roupas são feitas de energia solar?

É mais do que claro que ser perfeito é mau para a economia, as taxas de desemprego seriam enormes.

Ser mau para a economia significa ser mau no contexto empresarial interno? Ser mau macroeconomicamente significa ser mau microeconomicamente?

Para quê criar uma empresa cuja concorrência já é perfeita? Teríamos apenas uma empresa de cada segmento. Necessitámos de uma Apple caso tivessemos uma Microsoft perfeita? Obtínhamos uma economia monopolizada.

Mas não é particularmente disto que vos quero falar, mas sim o que acontecia dentro de uma empresa caso tudo e todos fosse perfeito.

Um aspecto crucial no meio empresarial é o capital humano – os trabalhadores. Se cada trabalhador fosse perfeito (nível de produtividade de 100%) os problemas não demoravam a aparecer.

Despedimentos. Para quê ter 10 trabalhadores, se cinco trabalhadores “ideiais” fazem o mesmo trabalho? Competetividade exagerada entre trabalhadores.

E vêm as soluções a partir daí, trabalhadores ideais não adoeçem, não pedem aumentos, não chegam tarde, não desviam fundos, trabalham sempre ao mais elevado nível e ritmo mantendo a sua perfeita produtividade. É possivel poupar em supervisão a estes
trabalhadores, eles dão confiança suficiente com os resultados no final do mês.

Como no inicio do artigo fiz entender, a perfeição a nível mundial seria uma “tragédia”.

E agora no nível da empresa? Seria uma tragédia? Pros e contras equivalentes a nível interno, mas a nível externo concorrencial os efeitos seriam negativos.

É difícil de prever de qualquer forma o comportamento de um Ser Humano perfeito, porque afinal de contas a definição de perfeição difere de pessoa para pessoa. Mas e se a humanidade um dia atingir a perfeição? Tudo aquilo que idealizamos, queremos e procuramos será aquilo que realmente necessitamos para nos sentir realizados?

(In)Felizmente estámos longe disso.

Fonte: www.pontomarketing.com

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