Site é para o Cliente e não para a Empresa

Quando for contratar a criação e definir os serviços a serem prestados pelo site da sua empresa na internet, ou quando for avaliar o que você já tem, lembre-se de fazer a seguinte pergunta: qual a importância em ter a minha empresa on-line?

Embora planejamento seja uma das palavras mais utilizadas no meio empresarial atualmente, seja pela busca de eficiência ou por economia – ou pelos dois motivos concomitantemente – na prática essa etapa nem sempre recebe a atenção devida. Quando uma empresa resolve apresentar-se através de um site na rede mundial de computadores é porque visa algum tipo de resposta do internauta que tiver acesso aos seus dados, seja ele um curioso ou um cliente. É exatamente aí que mora a diferença na hora do planejamento: uma página pessoal, em certos casos, até pode ser feita por curiosos da programação e voltadas para os curiosos da navegação on-line, mas um site empresarial, não.

Excluindo os seus familiares e amigos e os dos seus funcionários, as pessoas que visitam a sua empresa na Internet certamente estarão à procura dos serviços que ela oferece, se não para utiliza-los no momento, ao menos como uma forma de pesquisa. Excesso de banners, pop-ups, animações e apresentações enjoativas atraem curiosos e afastam clientes, ou seja, sua empresa passa a ser comentada, mas não pelo público devido.

Além de funcionar como apresentação do seu negócio, o site é uma forma de manter ativo um elo de ligação à distância com os seus clientes e fornecedores. O objetivo é que eles se sintam próximos e com acesso ao trabalho ou ao serviço que você presta. Abrir um canal de comunicação com os visitantes do site é uma boa receita para estreitar esses laços.

Alon Sochaczewski, sócio-diretor da Euro RSCG Interaction Brasil, lembra que os empresários estão cada vez mais apreensivos com a concorrência, a constante redução das margens de lucro e a incessante busca da perfeição no quesito "como vender mais" que, segundo ele, “as empresas brasileiras se preocupam tanto em produzir, gerar negócios e vender que acabam se esquecendo do preceito básico para o sucesso: o bom relacionamento com seu consumidor final”. Podemos incluir também os fornecedores neste pensamento, quanto maior e mais ostensivo for o acesso deles à sua empresa, melhor e mais produtiva será a relação entre vocês. Ainda de acordo com Alon, o serviço de atendimento aos consumidores – e a quem mais queira se manifestar – é um caminho relativamente barato e que pode ser implantado rapidamente. Para tanto, basta criar um e-mail exclusivo para o recebimento das mensagens e disponibilizar uma pessoa com a exclusiva função de ler e responder a todas (neste caso, você estará usando a Internet independente de ter um site). Essa mesma pessoa deverá fazer relatórios quantitativos e qualitativos periódicos para que você tenha controle do serviço e deverá também construir um banco de dados consistente para analisar em tempo real todos os dados do contato. Se a demanda for grande demais, a abertura de um site com uma seção que responda às questões mais freqüentes sobre a empresa pode diminuir o volume de mensagens eletrônicas e ainda sanar as dúvidas de imediato.

Uma ferramenta de chat on-line também pode reduzir o custo do atendimento, aumentar a qualidade do contato e ainda gerar uma boa impressão. Para completar, Alon atenta para uma atitude que não passa de boa educação e cuidado com a imagem: envie um e-mail agradecendo o contato do seu cliente e explicando as providências que foram tomadas.

Aí está um passo a passo de como utilizar a tecnologia a favor da sua empresa, de uma forma simpática, menos onerosa e, com certeza, mais eficiente que contratando o primo do amigo do seu vizinho que acabou de começar um curso de programação visual. Ele provavelmente encherá a home page da sua empresa com animações e efeitos, mas até que as informações interessantes baixem, o usuário já partiu para outro site.

A Indústria da Falsificação

Produtos pirateados e a invasão dos artigos importados atrapalham os negócios do segmento de brindes.

Apesar da crise econômica, a indústria da pirataria está a todo vapor. Ela representa cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, algo em torno de R$ 50 bilhões ao ano.

Com números alarmantes, o mercado da falsificação está atingindo dimensões tão gigantescas que atraiu até a atenção do governo americano. Aqui no Brasil, cerca de 12 associações, representantes de segmentos diversos, criaram a campanha “Produto Pirata – A Vítima é Sempre Você”. Com essa iniciativa, as associações pretendem mostrar que o problema da pirataria não atinge apenas alguns setores da economia, que a situação é preocupante e que quem sofre as maiores conseqüências é o próprio consumidor.
Artigos como tênis, relógios, óculos de grifes famosas, CDs, cigarros, bebidas, ferramentas, fitas de vídeos, bolsas, mochilas, remédios, entre outros, são produzidos em grande quantidade em pequenas fábricas clandestinas ou cruzam a fronteira ilegalmente pelo Paraguai, importados principalmente de países como China, Cingapura, Coréia e Malásia.

Para os fabricantes nacionais de brindes, a grande dificuldade encontrada nessa concorrência desleal está no preço. Com qualidade inferior, os artigos pirateados são comercializados a um preço bem mais baixo. Com a retração do mercado, as empresas estão com as verbas reduzidas, porém precisam continuar com suas ações promocionais e, nessa hora, o preço menor fala mais alto. Com a verba enxuta, muitas acabam optando por um brinde de qualidade inferior, uma peça que chega a ser descartável, muitas vezes, sem garantia.

Em contrapartida, os fabricantes idôneos de brindes acabam tendo que aumentar a produção para compensar as perdas geradas por essa concorrência desleal. “Nós garantimos a qualidade do nosso produto. Isso é muito difícil, mas se por acaso ocorrer algum problema, algum defeito, a troca é feita na hora. Agora, com esse outro brinde você vai reclamar para quem?”, questiona o proprietário da Cotérmico, Lucimar Da Silva Porsi.

A empresa, que está no mercado há 45 anos, fabrica bolsas térmicas, bolsas, sacolas de praia e viagem. A bolsa térmica, que é o carro chefe da empresa, é o alvo mais fácil desses “produtos importados”. Segundo o empresário, se o cliente estiver com um prazo maior ele pode acabar optando por um contêiner asiático, o que sai mais barato mas, em compensação, o resultado final, aquele de fixar a imagem junto ao público-alvo, pode virar um pesadelo. “A marca dele vai nessa bolsa, então imagina se um cliente leva carne ou cerveja para a praia. Quando chega lá, percebe que está tudo descongelado, que estragou. Sem dúvida, esse cliente não utilizará mais nenhum brinde oferecido por esta empresa. Nesse caso, a estratégia de marketing vai por água abaixo”, argumenta Porsi.

Nessa briga pelo mercado, a produção da Cotérmico aumentou, porém o faturamento diminuiu, porque a empresa como muitas outras do setor teve que adaptar sua produção à verba do cliente. “Antes o cliente chegava com uma idéia e você podia sugerir a ação promocional, agora ele diz a verba que tem e pede para você adequar o produto a esse valor. Então, ele acaba comprando uma quantidade menor, ou escolhe um artigo de qualidade inferior, ou em último caso faz o orçamento mas acaba comprando esse outro produto, de procedência desconhecida”, aponta Porsi.

Driblando a Crise

A criação constante de novos produtos ainda é a melhor saída para enfrentar a crise econômica.

A demanda por produtos promocionais no Brasil está crescendo a cada ano. Essa é a afirmação de profissionais do setor e de fabricantes como Luciano Raizler, diretor presidente da Raizler Promocional.

Apesar das turbulências provocadas pela economia instável, as empresas devem preocupar-se com a fidelização de seus clientes, além de aumentar ou ainda manter sua participação em determinada fatia do mercado. Para conseguir essa façanha, muitas continuam apostando nas ações promocionais e vale todo tipo de brinde, dos maiores aos menores, como os tradicionais imãs de geladeira. Nessa disputa de mercado quem comemora são os fabricantes de brindes e as empresas de material promocional.

Os meses de janeiro e fevereiro são apontados como os meses mais críticos para o setor. Após esse período, os pedidos e a produção voltam ao normal. Apesar da crise, as empresas precisam marcar presença no mercado através de ações promocionais. Para enfrentar a redução de verba e não deixar o brinde de fora, muitas encontraram uma boa alternativa no artigo mais barato. Nesse momento, os tradicionais imãs ganham ainda mais espaço afinal, além do baixo custo, também podem ser utilizados por empresas de diversos segmentos.

No início, os magnetos tinham um caráter de serviço, ou seja, eram colocados na geladeira para facilitar as ligações para pedir uma pizza ou mesmo para contatar a drogaria mais próxima. Com o tempo, eles foram ganhando mais espaço, mais destaque nas portas das geladeiras e, com isso, muitas outras utilidades. As geladeiras foram invadidas por modelos como calendários, com peças sobrepostas e até na versão colecionáveis, que viraram atração entre o público infantil.

Apesar do fator preço influir bastante no momento da escolha, outro ponto que é decisivo para o profissional deste segmento é a inovação, a criação constante de peças originais e diferenciadas. “As empresas de brindes que se destacam no meio promocional são aquelas que enxergam as oportunidades de mercado e trazem em seus portfólios novidades e soluções em produtos”, define Raizler.

Segundo a Fermag, empresa fabricante da matéria-prima manta magnética, a produção do artigo em 2001 atingiu aproximadamente cerca de 1.200.000 metros, um número que pode ser dobrado até o final de 2002. Tudo isso, porque o tradicional imã de geladeira já virou mania nacional. “Não consigo imaginar uma geladeira sem imãs, mas sim repleta deles, desde aquele com o telefone da drogaria mais próxima até o modelo colecionável, que as crianças tanto gostam”, comenta Raizler.

Por: Márcia Mariano

Você sabe o que é Logística?

A logística é um termo militar que foi incorporado pelas organizações comerciais e industriais e poucos são os estudos sobre a logística nas empresas.

Ela é vista como uma ferramenta capaz de aumentar a eficiência organizacional de uma empresa, através da redução dos custos operacionais, agilizando os processos em toda a cadeia, desde o armazenamento até a distribuição dos produtos. A partir do momento que uma empresa consegue estabelecer e montar um bom sistema informatizado, consegue também atender melhor seus funcionários e clientes.

O cliente, como parte integrante e fundamental de todo o processo da prestação de um serviço, percebe e avalia a qualidade em cada uma das etapas do processo, e a simples falta de um suprimento ou recurso no decorrer do processo pode afetar de forma negativa a imagem dele sobre o serviço ou produto que está sendo oferecido.

Enormes são os benefícios que essa filosofia tem trazido para o aumento da vantagem competitiva das empresas. Filosofia é um modo de pensar e a logística está muito mais relacionada a uma filosofia de trabalho do que simplesmente a uma ferramenta ou técnica. É um estilo gerencial de visualização de todo o sistema adotado pela empresa no atendimento a seu cliente. Na teoria da administração de material, a função de transporte, a distribuição, a compra, o estoque e o armazenamento são estudados e conceituados como uma série de ferramentas administrativas para serem adotadas nas organizações. A cadeia de suprimento, quando estudada na identificação das etapas de todo o processo produtivo, desde o fornecedor de matérias-primas até o consumidor final, passando pela produção e canal de distribuição, configura-se em uma ferramenta do planejamento estratégico e das políticas de marketing da organização.

Assim, somente uma boa logística permite integrar as funções administrativas com as ferramentas de marketing e de planejamento para o oferecimento de um produto ao menor custo possível, dentro das expectativas do cliente no menor tempo possível.

Entre o Cliente e o Mercado

Estabelecer políticas de negociação e de relacionamento eficientes com o mercado e com os clientes é um dos grandes desafios para quem trabalha com marketing e promoção em geral. É preciso ter em vista a importância do papel de intermediar e, digamos, fazer as coisas acontecerem, que cabe unicamente ao profissional especializado em propaganda.

De um lado, há uma ou várias cabeças que desejam colocar em prática um projeto para vender seus produtos ou promover uma marca: o cliente. No outro, o que se vê é um público cada vez mais exigente, ávido por novidades que consigam simplificar a sua escolha e oferecer opções rentáveis: o mercado.

Na prática, cabe aos gerentes de marketing, profissionais responsáveis por essa intermediação, saber ouvir o cliente e detectar o comportamento do mercado no seguimento a ser atingido. Para tanto, é preciso que esse profissional cuide para manter um nível elevado de conhecimento mercadológico sem perder a sensibilidade. Ou seja, tão importante quanto o conhecimento técnico é o aspecto humano que envolve todo esse processo que, por enquanto, é apenas a negociação para a execução de um projeto.

Quando nos voltamos para a equipe de produção do material acordado, o conhecimento técnico é condição sine qua non e, mais uma vez, a atenção quanto ao desejo do cliente e a possibilidade de acolher do mercado é o principal ponto a ser trabalhado. Esse é o perfil dos profissionais que devem ser incorporados para que uma empresa de marketing faça jus ao adjetivo globalizado, repetido incansavelmente por todos atualmente.

Quer dizer que, para ter políticas eficientes de negociação e relacionamento com os clientes e com o mercado, é preciso ser globalizado? A resposta é sim e, nesse caso, também pode ser substituída por visão estratégica, consciência de mercado ou simplificando, saber ouvir.

Empresas que sabem ouvir seus possíveis clientes e compreender as “falas” do mercado têm possibilidades infinitamente maiores não só de executar o trabalho desse cliente, como correm o sério risco de serem procuradas novamente por ele.