Quando você falou sobre e-mail marketing pela última vez?

Há quem diga que, todas as vezes que alguém comenta sobre e-mail marketing, está tentando ressuscitar uma prática ultrapassada. No entanto, devemos destacar que as campanhas de e-mail marketing não estão mortas; pelo contrário, estão bastante vivas quando aproveitadas da forma correta.

Segundo Nicole Delma, autoridade em e-mail e database marketing nos EUA, em sua palestra no Fórum E-Commerce Brasil 2013, 68% dos consumidores virtuais já realizaram negociações pela web motivados por um e-mail marketing recebido. Esse é um percentual que, simplesmente, não pode ser ignorado.

É bem verdade que muitos empreendimentos apostam em estratégicas infrutíferas ao enviar e-mails a seus consumidores e, por isso, não obtêm retornos satisfatórios. E, nesse caso, uma única dica é capaz de direcionar suas campanhas ao objetivo mais importante que é a aceitação do público: conheça seus consumidores! Isso mesmo; entenda quem compra de você!

Parece conversa ‘pra boi dormir’, mas como Nicole destacou, “’quando falamos de marketing, todos têm uma opinião diferente!”, ou seja, antes de fazer lançamentos, promoções, apresentações… antes de fazer marketing e vender, entenda seu público. Eles são os principais interessados em comprar e sua loja, os mais desejosos em vender. Que tal facilitar o processo?

Por isso, relembre a última vez que você falou sobre e-mail marketing e reveja sua postura diante desta ferramenta que, só está adormecida e sem futuro, para os ouvidos desatentos do mercado virtual, que não conseguem escutar o que está sendo dito pelos próprios alvos da ação, os clientes.

Pense bem e boa sorte!

Fonte: Administradores

As cinco etapas para sua empresa ter uma presença forte na internet e nas redes sociais

As manifestações organizadas a partir das redes sociais, a febre de celebridades que surgem a partir do Youtube, o aumento de consumidores online, a facilidade de acesso à informação, o surgimento de novas profissões são aspectos que surgiram a partir da internet interativa e das redes sociais. Entretanto com o surgimento da Web 2.0 e, consequentemente, o fato de as pessoas estarem cada vez mais conectadas, muitas empresas ainda não possuem presença na rede e se possuem, não fazem da forma correta, tendo uma presença pequena e até irrelevante. Mas com toda essa crescente integração do mundo off-line com o online, como posso fazer com que meu negócio tenha uma forte presença na rede em meio a tantos? Como posso usar a internet e as redes sociais para alavancar meus negócios?

Existem várias respostas para essas perguntas, mas todas estão inseridas em um conceito chave: Planejamento de Marketing Digital. Você poderia estar esperando outra resposta, mas a verdade é que para ter uma forte marca nas redes, o empresário precisa de um forte, claro e coerente planejamento digital. Mas como faço esse planejamento? Para responder essa pergunta, estabelecemos cinco etapas para se desenvolver um planejamento correto e eficaz de marketing digital para sua empresa:
•1- Trace objetivos e metas: Não adianta planejar algo que você não sabe onde irá chegar e nem tem parâmetro para se fundamentar e comparar. Trace objetivos. Defina quanto de alcance, de número de curtidas, de compartilhamentos, de conversão, CPC, CPM, seguidores você quer para seu site, fan page, ou twitter. Todo negócio precisa de um parâmetro e uma base comparação. Ou seja, é fundamental definir metas e objetivos.
•2- Defina seu público-alvo: Todo negócio tem seu público-alvo. Crianças preferem brinquedos, jovens preferem vídeo games, adultos, preferem filmes e assim cada grupo de pessoas determinadas pelo o local geográfico, sexo, idade, estilos de personalidades preferem coisas relacionadas ao seu gosto e estilo. Ou seja, cada negócio, cada ramo de atividade tem seu público-alvo. E não é diferente na internet. Cada internauta, cada cliente, cada usuário possui seu gosto próprio. Cabe ao empresário definir que grupo de pessoas mais se alinha ao que a empresa oferece.
•3- Defina seu conteúdo: Depois de elaborado o perfil do público-alvo é necessário definir o conteúdo. O conteúdo deve se destinar ao público definido na etapa anterior. Não adianta você falar sobre música se sua empresa vende produtos esportivos. Você tem que está alinhado com o que sua empresa vende e, principalmente, com os interesses dos seus clientes.
•4- Estabeleça e aperfeiçoe seus canais de comunicação: Defina as redes sociais em que estará presente. Defina se você vai estar no facebook, twitter, blog, etc. Recomendo que use no máximo duas redes para iniciar. Escolha a que tem mais identidade com seu negócio e com seus clientes. Registre sua conta nessas redes com nomes fáceis para o cliente lembrar, coloque avatares atrativos e preencha as descrições e informações corretamente. Veicule o contato de sua empresa nessas contas.
•5- Planeje e alimente: Finalizado a quarta etapa está na hora de colocar a mão na massa. A quinta e última etapa você irá planejar e alimentar suas redes. Você deve gerir seu conteúdo. Crie uma planilha com as postagens futuras, em qual data, em que horário e quem de sua empresa irá se responsabilizar. É importante fazer esse controle de postagens para seus canais de comunicação, não ser inconsistente e ter sempre material interessante a distribuir.

Terminadas todas as etapas do planejamento cabe ao empresário agora monitorar. O monitoramento não é bem uma etapa do planejamento, mas ele é essencial para o constante aperfeiçoamento do mesmo. É a partir dele que o empresário vai saber se está ou não dando certo o que planejou.

No monitoramento, você irá analisar suas postagens até agora, acompanhar as interações e observar o que está bom e o que está ruim. Observe o que obteve sucesso (veja dia, hora e assunto dos posts) e procure persistir no acerto. Olhe para o que teve insucesso e procure ver em que errou. Lembre que tudo é tentativa. É a partir do monitoramento que irá se observar o que está dando certo e o que precisa melhorar.

Depois de cumprida todas essas etapas e de se estar acompanhando o monitoramento, pode-se dizer que sua tem um planejamento forte e eficaz, e, consequentemente, sua presença na rede estará fortalecida. É a partir desse planejamento que você irá se orientar para ter uma presença marcante nas redes sociais e na internet como um todo. Procure seguir as etapas de seu planejamento sem esquecer no final de fazer o monitoramento. Se você estiver achando muito complexo, uma dica é elaborar um plano de ação, procurando definir a ação, o motivo, a instrução, onde, quando e o responsável. O plano de ação pode fazer com que você tenha uma visão geral do que está ocorrendo, assim como o ajuda a se programar. Procure sempre em atrair, converter, se relacionar e analisar o que está ocorrendo. Enfim, procure seguir essas dicas que já será um bom começo. Agora é só colocar a mão na massa. Bom planejamento!
Autor: João Vitor de Oliveira – Graduando em Administração pela Universidade Federal do Piauí, Diretor Financeiro da empresa júnior de administração Visconde de Mauá (UFPI), colaborador do blog Gestores do Futuro no Portal Acesse Piauí.

Fonte: Administradores

Por que empreender? Armadilhas nas justificativas mais populares

“Tenho uma ideia genial”; “Cansei de trabalhar para os outros”; “Tenho o sócio certo”, “Todo mundo está empreendendo” ou “Estou com um dinheiro para abrir o negócio”. Diversas são as justificativas, poucos são os estudos e planejamento. Esse contexto gera o conhecido resultado de que 1 em cada 3 empresas fecham nos dois primeiros anos de funcionamento.

Feliz é aquele que conhece sua motivação e consegue ser impulsionado por ela, mas aquele que conhece as armadilhas da sua motivação é inteligente e propenso ao sucesso.

1. “Tive uma ideia genial e ninguém pensou nisso ainda!” – Tem certeza? Com base em que dados você sabe que ninguém pensou/tentou antes? A ideia é genial apenas para você ou mais alguém acredita nisso? É essencial que você seja apaixonado para vender sua ideia, mas realista o suficiente para analisa-la imparcialmente. Caso não consiga ser imparcial (o que é extremamente natural), convide alguém para avaliar. Não generalize seus gostos e experiências, afinal o mercado não funciona conforme seus parâmetros. Pesquise, mostre a sua ideia a alguém, desenvolva-a. Caso contrário, o potencial de negócio será razoavelmente reduzido.

2. “Tenho o sócio certo” – Cursar ou se formar numa profissão não significa, necessariamente, capacitação. Seja imparcial para avaliar seu sócio e a si mesmo no que tange as competências para tocar o negócio. Além disso, é essencial que se tenha o mínimo de afinidade e experiência com a área desejada. Se você é engenheiro e seu sócio é matemático, pondere algumas vezes antes de decidir abrir uma empresa voltada a recursos humanos.

A propósito, ter dinheiro não é competência de gestão. Se a pessoa que investe na sua ideia não sabe do que se trata, provavelmente irá te cobrar muito e fazer pouco. Pense bem nisso!

3. “Cansei de trabalhar para os outros” – Se essa é sua única motivação, desista. Funcionário trabalha (ou pensa que trabalha) para seu chefe. Dono de empresa trabalha para o governo, para os clientes, para os funcionários, entre outros grupos de interesse (stakeholders). Para mais, recomendo o artigo “Por que só algumas empresas conseguem sobreviver e crescer?”, do autor Orlando Norio.

4. “Todo mundo está empreendendo” – Sim, muita gente está empreendendo. Com nossos 17,5% da população compondo a Taxa de Empreendedores em Estado Inicial, temos o mais alto índice de empreendedorismo do G20 (fonte – GEM 2010). Mas, como o objetivo deste artigo é apresentar os riscos, qual a taxa de mortalidade dessas empresas? Mais precisamente, qual a taxa de mortalidade da sua região, do seu setor e da atividade do seu futuro empreendimento? É necessário saber (ou pelo menos ter ideia, no caso de criação de produtos/mercados) quais as condições do mercado em que está se entrando antes de qualquer investimento de tempo, dinheiro e suor.

5. “Estou com dinheiro para abrir um negócio” – Quais as taxas e outras formas de investimento que este montante pode ser aplicado? Antes de realizar qualquer aplicação de capital, seja num negócio ou em um fundo de investimento, calcule e entenda o custo de oportunidade. Ou seja, é necessário saber a rentabilidade, taxa interna de retorno (TIR) e tempo de retorno do investimento (payback) e comparar com outras modalidades de investimento.

Além disso, é necessário saber se esse capital é suficiente para abrir e sustentar o negócio no curto prazo. São diversos os casos em que o empreendedor calcula o dinheiro exato para abrir o negócio e termina quebrando por não possuir capital de giro para segurar a operação em meses iniciais.

Por fim, creio que a lição principal seja: PLANEJE E ESTUDE. Planejamento e informação nunca são demais. Estude, converse, revise, se informe, calcule e seja imparcial. Aproveite para fazer isso tudo antes de realizar o investimento. Se perceber que esqueceu algum detalhe importante após o investimento feito, o prejuízo é muito maior.

"Quanto mais suor derramado em treinamento, menos sangue será derramado em batalha."
Dale Carnagie

O objetivo do artigo não é desestimular o empreendedorismo; é conscientizar. Se você tem uma ideia e plano sólidos, esse artigo vai ser um checklist ou lembrete de alguns fatores que você deve ponderar (se já não o fez). Se não estão tão sólidos, prepare-se para investir tempo e suor em planejamento.

Fonte: Administradores

Inteligência de Risco: uma competência essencial das organizações que buscam a excelência

O propósito de qualquer organização é criar valor para suas partes interessadas. A expectativa de valor a ser criado no futuro é afetada por incertezas de várias origens, tornando inviável falar em projeção de valor sem também mencionar a faixa de variação esperada dessa projeção. Risco é esse range: o efeito da incerteza nos objetivos (de criação de valor) de uma organização, conforme a definição da ISO 31.000 e do COSO, os padrões de Gestão de Risco mais empregados no Brasil e no mundo.

Valor e Risco são irmãos siameses, tal e qual média e desvio-padrão. A consequência disso é óbvia: toda e qualquer decisão tomada pela organização deveria provocar uma reavaliação do valor a ser criado e do risco a ele atrelado. Se levarmos as premissas do Modelo de Excelência da Gestão (MEG) da FNQ em consideração, as alterações de valor e risco deveriam ser comunicadas às partes interessadas.

Gestão de Risco é o processo empregado para assegurar que tudo isso aconteça de forma estruturada, e há muitos anos as organizações contam com as diretrizes da ISO 31.000 e do COSO Framework para implantar esse processo. Aliás, praticamente todas as grandes empresas de capital aberto no mundo informam em seus relatórios públicos que têm Gestão de Risco aderente a um desses padrões ou a um de seus diversos derivados setoriais.

Até aqui, está fácil, certo? O problema é que, crise após crise, incidente grave após incidente grave, a confiança das partes interessadas no processo de Gestão de Risco esvaneceu-se. Na minha modesta opinião, essa descrença pode acabar afetando o MEG.

Pelo menos 30% do conteúdo do MEG são pura Gestão de Risco. É só analisar os Critérios de Excelência:

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Quando atribuímos uma pontuação alta a uma organização, sob a ótica do MEG, estamos reconhecendo sua Gestão de Risco como madura e eficaz, fato esse que deve provocar uma reflexão para os profissionais que, como eu, labutam diariamente com o MEG..

O principal obstáculo à eficácia da Gestão de Risco convencional é que tendemos a tratá-la como uma entidade patrulheira ou fiscalizadora, assim como acontecia com a Qualidade antes dos anos 80. Essa constatação é que motivou vários autores (vide comentários sobre bibliografia, ao final do artigo) a empregar o termo Inteligência de Risco, em contraponto ao já trivializado Gestão de Risco, significando a incorporação da análise de risco em todas as decisões e em todas as projeções de valor da organização.

É fácil de falar e difícil de fazer: o desenvolvimento de uma RIO (Risk-Intelligent Organization) não é trivial, pois o termo “todas” usado acima tem o mesmo escopo empregado no MEG, ou seja, a Inteligência de Risco abrange todas as partes interessadas, atividades, produtos e processos na cadeia de valor estendida.

A Gestão de Risco em uma RIO possui características marcantes:

– É orientada para o futuro: o sistema é sensível a mudanças de cenário e não confia somente em indicadores históricos, evitando a síndrome do “isso nunca aconteceu”.

– Risco é aceito como uma coisa necessária e inevitável para que a criação de valor diferenciado seja possível. A organização é antifrágil, pois ela aprende e melhora com os próprios erros, os quais são cometidos suficientemente cedo. Também aprende, e muito, com os erros dos outros.

– A análise de risco é realista. Não há receio ou vergonha de se assumir que há incerteza em uma decisão, e a incerteza é quantificada explicitamente na forma de risco. Risco escondido é considerado o pior tipo de risco na cultura da RIO.

– A análise de risco está integrada e incorporada aos processos decisórios e de Change Management.

– A Gestão de Risco é ágil e adaptativa (nimble). Os especialistas em risco não são vistos como “dr. No”, mas sim como pessoas que ajudam a tomar decisões e a projetar valor.

– É holística: abrange todos os tipos de valor e de risco, mantendo uma linguagem comum. A Gestão de Risco não acontece somente trimestralmente em escritórios que discutem finanças corporativas; acontece continuamente, em todas as áreas da organização.

– Promove accountability: parte da premissa de que a responsabilidade por risco é de cada gestor e de que haverá consequências, positivas ou negativas, no seu reconhecimento.

É possível e desejável que o Quociente de Inteligência de Risco (o grau em que uma determinada organização é uma RIO) seja medido, seja por um especialista ou por meio de autoavaliação. As agências de risco já inseriram em seu modus operandi esse tipo de avaliação, com o fim de enriquecer suas análises de risco, mas ainda não há um método universal aceito para medir o QIR de uma organização.

A boa notícia é que o QIR pode ser aumentado em cada etapa do processo clássico de Gestão de Risco, por meio do aprimoramento cultural e conceitual e pela inserção de ferramentas, tais como as exemplificadas na tabela a seguir:

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Afirmei, no início deste artigo, que a confiança na Gestão de Risco havia deteriorado. Isso não significa que as partes interessadas a achem menos relevante – muito pelo contrário, creio que a tendência é aumentar o escrutínio sobre os tipos e a magnitude dos riscos aos quais o valor de uma organização está exposto.

Uma potencial consequência disso é que as organizações poderão ficar medrosas e supercautelosas (risk averse) além da conta, o que não seria bom, uma vez que ninguém cresce e prospera sem correr risco ou errar saudavelmente. É aí que a Inteligência de Risco revelará todo seu potencial: mostrar que a organização conhece muito bem seus riscos e que seu sistema de gestão lida com eles naturalmente.

Finalmente, uma RIO desenvolve duas competências sagradas das organizações que buscam a Excelência: a capacidade de integrar e a capacidade de aprender. As partes interessadas agradecerão e ficarão mais – bem, digamos… – interessadas na organização.

Referências

Este artigo, embora contenha vários conceitos e acrônimos que eu desenvolvi, é fortemente influenciado, como não poderia deixar de sê-lo, pela literatura internacional sobre Risco. Em especial, menciono as seguintes influências relevantes e aproveito para recomendar a leitura:

Financial Darwinism – Create Value Or Self-Destruct in a World of Risk (Leo M. Tilman, 2009, publicado nos EUA pela John Wiley): influenciou a forma de definir Inteligência de Risco, em especial em como ela ajuda a buscar maior valor futuro para a organização. Esse livro explica claramente a crise financeira em que o mundo desenvolvido continua encalacrado, bem como detalha sistemáticas para avaliar o valor ajustado a risco de uma organização.

Antifragile – Things that Gain from Disorder (Nassim N. Taleb, 2012, publicado nos EUA pela Random House): criou o conceito de “sistema antifrágil”, que ajuda a explicar os erros passados que levaram a várias crises sistêmicas. Explora como o medo de errar nos torna mais frágeis.

Surviving and Thriving in Uncertainty – Creating the Risk Intelligent Enterprise (Frederick Funston e Stephen Wagner, 2010, publicado nos EUA pela John Wiley): define as principais falhas da Gestão de Risco convencional e detalha várias ferramentas para aumentar o QIR da organização. O termo “dr. No” foi emprestado desse livro.

Risk Intelligence – How to Live with Uncertainty (Dylan Evans, 2012, publicado nos EUA pela Free Press): detalha como medir e incrementar o QIR de um indivíduo com base em testes e treinamento.

Fonte: Administradores

A relevância das datas comemorativas

As datas, só elas dão verdadeira consistência à vida e à sorte."(Eça de Queiroz)

Sempre fui pouco afeito a datas comemorativas. Afinal, a maioria parece criada apenas para atender a fins utilitaristas. O Dia das Crianças, para a indústria de brinquedos; o Dia dos Namorados, para diversos segmentos do comércio; o Black Friday, para promover liquidações em geral.

Há até mesmo, acredite, o Dia da Ressaca (28 de fevereiro, melhor que dia 29, ou bebuns de plantão só teriam direito a pausa nos anos bissextos), o Dia do Pi (14 de março, que na notação americana com formato mês/dia seria 3/14, a aproximação mais conhecida de Pi) e o Dia do Cotonete (25 de junho)!

Contudo, mesmo dentro deste contexto, começo a reavaliar a relevância de algumas datas. Afinal, temos vivido de forma tão intensa, rápida e automática que pausas fazem-se necessárias. Diariamente, são muitas mensagens para responder, telefonemas para fazer, visitas a realizar. Relatórios a serem preenchidos, reuniões para participar, projetos a concretizar. Nossa caixa de entrada está recorrentemente cheia, a lista de tarefas sempre repleta, o tempo cada vez mais exíguo.

Prova disso é que basta você se ausentar de seu trabalho por um ou dois dias, para uma convenção corporativa, por exemplo, e ao retornar será completamente sugado pela sua rotina, muitas vezes sem conseguir sequer colocar em prática o mínimo do que foi aprendido.

O mesmo quadro se repete em sua vida pessoal. A academia para frequentar, a pilha de livros para ler, a casa para cuidar e as contas a pagar. Além dos familiares e amigos clamando por sua atenção. O sentimento de culpa invade sua mente e você tem a impressão de estar cada vez mais distante da pessoa que deseja ser e dos objetivos que pretende alcançar.

Diante deste cenário, algumas datas comemorativas funcionam como uma fenda no tempo, um chamado em sua agenda pessoal para que sua atenção se volte ao que realmente importa. O Dia das Mães ou dos Pais, para que você possa exercitar o afeto, exercer a gratidão, promover o perdão. A Páscoa ou o Natal, para sua reflexão e solidariedade, independentemente de sua religião. Seu aniversário, para você lembrar e cuidar de si mesmo.

Seu desafio, e dos que estão ao seu redor, é praticar o desapego, dissociando estes eventos da necessidade de vinculá-los a presentes materiais de qualquer ordem. Assim, aproveite para compartilhar da companhia das pessoas, fazendo tudo aquilo de que você tem se privado: jogar conversa fora sem olhar para o relógio, ficar debaixo do cobertor sem hora para levantar, sentar em frente à TV sem ter que assistir a algo com conteúdo, comer besteiras e saborear o que teoricamente não é saudável.

Aproveite! Afinal, no dia seguinte, você estará de volta à maratona do seu cotidiano.

E feliz Dia dos Pais!

* Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 17 países. É autor de “Somos Maus Amantes – Reflexões sobre carreira, liderança e comportamento” (Flor de Liz, 2011), “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional” (Saraiva, 2008) e coautor de outras cinco obras. Contatos através do e-mail [email protected]. Visite: www.tomcoelho.com.

Fonte: Administradores