Pais fazem campanha no Facebook para criar uma Barbie careca

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Em março do ano passado, a fabricante de brinquedos Mattel atendeu a um pedido especial: fez uma boneca Barbie sem cabelo para alegrar a menina Genesis Reyes, de 4 anos. A garota havia feito quimioterapia para tratar um câncer e estava triste porque achava que, careca, não podia mais ser uma princesa.
A solução veio de uma amiga dos pais da garota: ela conhecia o presidente da empresa e sugeriu que a Mattel criasse uma boneca especial para alegrar a menina. A boneca especial, sem cabelos e com roupa de princesa, foi batizada de Genesis. Foi uma maneira para que a criança visse que ela poderia continuar bonita, como uma princesa, mesmo careca.
A iniciativa pode ser especialmente importante para a recuperação das meninas com câncer. Até os 3, 4 anos, elas estão na fase rosa, fantasiam-se de princesas, e ainda não conseguem entender completamente por que seus cabelos caíram, o que torna a situação ainda mais difícil. Elas precisam de um exemplo positivo que fale de seu próprio universo. Daí a ideia da Barbie careca entregue à menina Genesis.
Pais de crianças com câncer acharam a ideia tão boa que estão fazendo, via Facebook, uma campanha para que a Mattel inclua a boneca Genesis na sua linha de produção, para que ela esteja disponível para os consumidores nas lojas de brinquedo. Até o momento, 13 mil pessoas apoiaram a causa Barbie Bald and Beautiful.
A boneca, eles dizem, pode ajudar também meninas que tenham perdido o cabelo por causa de outros problemas de saúde, como a alopécia. E ainda aquelas que estranharam a perda de cabelo de algum parente próximo, como a mãe, a avó, a tia, a irmã.
Para tornar a coisa mais divertida, os pais estão pedindo que a empresa crie chapéus e lenços para as crianças brincarem com sua Barbie careca.
A lógica por trás da campanha pela Barbie careca é a mesma que levou à criação de bonecas negras, asiáticas, ruivas: mostrar que todas as mulheres podem ser belas – ou princesas! – cada uma à sua maneira.

Fonte: Revista Época | Por Letícia Sorg

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