Radiografia e perspectivas para o consumo

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O Observador apresenta os hábitos de compra do brasileiro

As mudanças no comportamento do consumidor brasileiro, o crescente poder de compra da nova classe média e a entrada de vez da internet como canal de informação e de venda formam a base de um cenário que as empresas precisam entender para faturar. Este cenário é materializado no estudo O Observador, realizado pela Cetelem em 13 países.

Ao completar cinco anos, a edição brasileira, desenvolvida em parceria com a Ipsos, destaca a evolução do comportamento do consumidor durante o período, além de apontar as principais tendências para 2010. Apesar de apenas 18% dos 1.500 entrevistados em 2009 afirmarem que já compraram pela internet, 43% dos consumidores dizem pretender utilizar a web como fonte de informações para suas compras.

Dos que já utilizam a internet como fonte de informação, eletrodomésticos, TV, hi-fi ou vídeo e lazer e viagem aparecem empatados e são pesquisados por 11% dos internautas. Em seguida surgem as buscas por produtos culturais (10%), móveis (7%), carros novos (6%), ferramentas para trabalhos gerais do tipo “faça você mesmo” (4%), produtos financeiros (3%) e alimentação (2%).

Aumento de gastos não essenciais
Em 2010, os consumidores pretendem comprar móveis e eletrodomésticos, que aparecem empatados com 34% no ranking de intenção de compra. Em seguida, estão os gastos com lazer e viagem, com 28%. O resultado mostra um crescimento nos gastos com itens não essenciais. A categoria vestuário, por exemplo, é a segunda mais citada no quesito “compras recentes”.

Dos entrevistados, 59% afirmaram ter comprado roupas nos últimos 90 dias. Em 2005, esse número era de 39%. Vestuário perde apenas para alimentação, citada por todos os entrevistados como a categoria mais consumida no período. “A ascensão da classe C, junto com o acesso ao crédito, foi responsável por acelerar o consumo. Cada vez mais, essa grande classe média passa a consumir”, explica Marcos Etchegoyen, Diretor Geral da Cetelem Brasil, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Em relação à pretensão de compra para 2010, aparecem ainda telefone celular (21%), computador para casa (17%), TV, hi-fi e vídeo (16%), carro (17%), decoração (13%), ferramentas do tipo “faça você mesmo” (10%), propriedades (10%), equipamentos esportivos (7%) e moto (8%).

Sustentabilidade é conhecida pela maioria
Segundo o Observador, a sustentabilidade não pode deixar de ser entendida pelas empresas como uma forte tendência. “A maioria (89%) já fala de sustentabilidade, mas não sabe se vai pegar ou não. Como o varejo utilizará isso? É necessário entender os consumidores”, diz o Diretor Geral da Cetelem Brasil. Para conhecê-los, o levantamento divide os pesquisados em quatro grupos em relação à sustentabilidade: conscientes, comprometidos, iniciantes e indiferentes.

A definição dos grupos é feita a partir de 13 comportamentos de consumo: evitar deixar lâmpadas acesas em ambientes desocupados, fechar a torneira enquanto escova os dentes, desligar aparelhos eletrônicos quando não estão em uso, planejar a compra de alimentos, pedir nota fiscal, planejar a compra de roupas, usar o verso das folhas de papel já utilizadas, ler o rótulo antes de decidir a compra, separar o lixo para reciclagem, não guardar alimentos quentes na geladeira, comprar produtos feitos com material reciclado, comprar produtos orgânicos e apresentar queixa a algum órgão de defesa do consumidor.

Entre as classificações, os indiferentes somam 11% e são aqueles que adotam, no máximo, dois dos 13 comportamentos citados. Os iniciantes são a maioria (65%) e adotam de três a sete comportamentos. Já os comprometidos (20%) adotam entre oito e 10 comportamentos, enquanto os conscientes (4%), de 11 a 13.

“A relação com a sustentabilidade precisa ser estudada, é um grande ponto de atenção. Surge uma declinação a um consumo diferenciado. Este consumidor, quem sabe, pode estar disposto a pagar preços diferentes ao sentir que consome de forma consciente”, acredita Etchegoyen, da Cetelem Brasil. Veja outros dados do Observador 2010.

Por Sylvia de Sá

Fonte: Mundo do Marketing

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