Era digital: Facebook e Magazine Luiza apostam na rede para promover vendas

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Vice-presidente do Facebook e diretor da Magazine Luiza falaram da importância da Internet para o comércio. "Comprar é um ato social", afirmam.

Para o vice-presidente do Facebook para a América Latina, Alexandre Hohagen, nós já chegamos à terceira fase da Internet. Se na primeira tínhamos de buscar exaustivamente as informações que precisávamos e, na segunda, estas praticamente nos eram entregues graças aos mecanismos de busca e seus algoritmos, agora a web passou a ser social. Confiamos, afinal, mais nas pessoas do que em estatísticas.

“Queremos que as pessoas mantenham na Internet o comportamento social que têm na vida real”, disse na última quinta-feira (29/09), durante o Digital Age – evento de marketing digital, promovido pela Now!Digital Business. “Quando precisava de uma indicação de restaurante, filme, mecânico, o que eu fazia? Ligava para um amigo – em quem eu confiava – e pedia uma dica. A diferença é que passamos a usar a rede para isso”.

Segundo o executivo, as ferramentas mudam, os indivíduos, nem tanto – exibiu, em seguida, um vídeo para provar seu ponto (veja abaixo). As empresas precisam entender o momento pelo qual passamos e rever seus métodos. O principal, alerta, é que elas não podem mais pensar que são o centro da interação; esse lugar pertence ao cliente.

A indústria de games, por exemplo, percebeu isso. Os consoles possuem plataformas online onde o usuário se identifica antes de desafiar outro. “As pessoas passaram a ficar mais tempo jogando por saber quem está do outro lado”, afirmou. Também por isso, as companhias do gênero passaram a investir nas redes sociais – o número de consumidores nelas, afinal, é bem maior do que os que adquiriram um Playstation 3 ou um Xbox 360.

“Poucos conhecidos me tinham no ICQ, pois não sabiam quem estava por trás daquele apelido. Com o Facebook é diferente: eles sabem quem sou eu, do que gosto, onde estive. Crias-se uma identidade”. Nos games casuais – sucesso nas mídias sociais – você joga contra uma pessoa em vez de enfrentar um usuário.

O e-commerce é outra área que está se mexendo. Hohagen citou a Amazon, que sincronizou a sua base de dados com a do FB. Quando o aniversário de um amigo estiver próximo, o site envia sugestões de presente coerentes com os produtos que este usuário costuma comprar na loja. Além disso, é simples compartilhar as compras feitas ou visadas nas redes sociais, de modo que os contatos podem opinar e replicar, espalhando a mercadoria.

A marca Levi’s, por sua vez, adicionou recentemente o recurso de “curtir” em sua página. Graças a essa medida, de acordo com o executivo, o tráfego na última Cyber Monday – data em que o varejo americano costuma oferecer generosos descontos – superou em 50% o do ano anterior.

“O ato de comprar também é social. Se o negócio for ajustado tendo isso em mente, o usuário passará mais tempo no portal, o engajamento aumentará, assim como a conversão do simples interesse em vendas”.

Magazine Você
Após a apresentação de Hohagen, foi a vez do diretor de marketing da Magazine Luiza, Frederico Trajano, falar. Sua empresa lançou há cerca de um mês uma iniciativa inédita em se tratando de social commerce. Trata-se da experiência de levar o modelo de venda porta a porta – popularizado pelas marcas de cosméticos – para as redes sociais.

“Serão milhões de consumidores vendendo para milhões de conhecidos. Ninguém, afinal, conhece tão bem seus amigos quanto você”, afirmou Trajano

Chamado de Magazine Você, funciona da seguinte maneira: o usuário cadastra-se no site e instala o aplicativo no Orkut ou no Facebook. O programa criará uma espécie de loja virtual em seu perfil. Em seguida, ele poderá escolher até 60 produtos, entre os milhares oferecidos pela empresa, para comercializar. A cada transação que fechar a partir de sua conta, o internauta receberá uma percentagem sobre o preço da mercadoria – entre 2,5% e 4,5% – sendo que a Magazine se responsabilizará pela entrega e pela cobrança do valor acordado.

“Você sempre ajudou seus amigos a escolher o produto certo e nunca recebeu nada com isso. Agora poderá passar a ganhar”.

Segundo o diretor, o objetivo é aproveitar as vantagens que as redes sociais oferecem. Elas potencializam o boca a boca, expandem o alcance e contribuem para uma melhor segmentação. Também há a questão de popularizar a marca. “Há 60 milhões de brasileiros no Orkut e no Facebook. Se sua marca tem 50 mil fãs, isso não é nada”, disse.

Por enquanto, o Magazine Você só está disponível para funcionários, mas Trajano prometeu que, em breve, todos usuários poderão usá-lo. “O e-commerce é a maior revolução do comércio desde o fim do escambo e o surgimento da moeda. Quem não se adaptar a essa nova realidade irá falir”, concluiu.

Fonte:IDG NOW

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