Mudar a si mesmo: o desafio

Livros, CDs, DVDs e tudo que for possível imaginar. É inquestionável a gigantesca quantidade de materiais existentes voltados à autoajuda. O mundo deveria estar em outra condição, mas o que se percebe é que todo esse conteúdo tem ajudado mais os autores. Alguns, já se tornaram referência no assunto e seus livros, best-sellers. Onde realmente está a dificuldade?

Todo estímulo externo, seja por meio de livros ou mesmo palestras, busca romper uma trajetória, um caminho, uma atuação, um desempenho ou resultado que estão aquém do esperado, ou muito distante do almejado. Logo,a palavra chave é mudança. Assimilar, absorver, compreender passa a ser a referência para a ruptura do modelo anterior para o novo. Nesse ponto, todo o movimento é interno, pessoal, e não há estímulo externo que possa romper esta condição se o interesse não for real. Aqui, o divisor de águas pessoal não esconde a verdadeira intenção, que na maioria das vezes, é deixar tudo como está. As lamentações e as desculpas passam a fazer parte da vida. Outros procuram se reciclar, com novos livros, teorias, e percorrem a vida sabendo como fazer, mas não conseguem colocar nada em prática.

Mudar, para a grande maioria das pessoas, pode ser um ato extremamente penoso. Para alguns a situação é ainda mais delicada: não são elas que precisam mudar, são as pessoas que estão próximas que devem. O mundo seria melhor se as pessoas fossem e agissem diferentes, mas, claro, “eu não me incluo nesse grupo”. Essa visão de topo de pirâmide, onde conseguimos ver a tudo, mas, não a si próprio, mostra muito do egoísmo e da vaidade que temos. Mudar realmente não faz parte do vocabulário dessas pessoas e a nossa dificuldade passa a ser outra, como agir com quem não quer ver e ouvir?

Usamos mecanismos de defesa para nos encastelar e mostrar que estamos certos. A depender da posição em que a pessoa se encontra – um dono de empresa ou diretor, e da sua personalidade – as mudanças pretendidas passam a ser superficiais e a partir daí passamos a viver num faz de conta.

Precisamos entender que as coisas realmente começam a mudar a partir do momento em que esta percepção está totalmente interiorizada. Este é o verdadeiro ponto de partida. E, mais, que isso depende muito mais da nossa dedicação, do nosso empenho e vontade, do que imaginamos. Se este desejo for verdadeiro nós temos que fazer parte dessa mudança, seja ela em qualquer âmbito, pessoal ou empresarial. Os obstáculos e barreiras certamente serão muitos e teremos que superá-los. Esse é o desafio: mudar a si mesmo.

Fonte: Administradores

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