Brindes para as donas de suas próprias vidas

No Brasil, as mulheres já representam a metade do número de pessoas empreendedoras

Elas já não são mais donas de casa. São donas de suas próprias vidas. Em 2001, as mulheres ocupavam a marca dos 29% dos empreendedores brasileiros, de acordo com a Global Entrepreneurship Monitor (GEM), pesquisa que mapeia a atividade empreendedora em mais de 60 países. De 2007 para cá, mais de 10 milhões de mulheres abriram seus próprios negócios e, em 2010, passaram a representar quase a metade dos empreendedores do mercado nacional (49,3%). Do universo entrevistado pelo instituto, em 2011, 58% das mulheres alegaram ter aberto um negócio porque perceberam uma oportunidade de mercado, não necessariamente porque desejavam ter uma fonte de renda própria. Em 2011, abraçar e investir numa oportunidade de negócio foi o estímulo de 69% das mulheres ouvidas no estudo.

No comandando de suas empresas passaram a chamar atenção de outras instituições como SEBRAE, que por meio de um levantamento aponta para números que confirmam o estudo da GEM. De cada 100 empreendedores individuais, 45% são mulheres. De acordo com a consultoria Rizzo Franchise, cerca de 61 mil delas estão à frente de alguma franquia que fatura até 32% a mais do que as lojas gerenciadas por homens. Segundo, a economista e pesquisadora Gina Paladino, que acompanhou o estudo GEM 2012, as mulheres estão planejando melhor e procuram compreender o mercado de atuação pretendida.

A partir desses estudos e pesquisas, fica uma indagação importante para o mercado de brindes dirigido para mulheres. Especificamente para mulheres empreendedoras, quais são os brindes que agradariam esse público? Uma pesquisa rápida entre os fornecedores de brindes revela que os mais procurados são os kits femininos, que incluem produtos e acessórios para maquiagem, acessórios para cozinha, velas aromáticas e tantos outros. Todos são válidos, sem dúvida. Mas, estamos falando de mulheres empreendedoras, donas de seus próprios negócios. Quais seriam os brindes mais adequados para esse público?

Segundo Luiz Salvador em entrevista para o Meio & Mensagem: “Uma empresa jamais deve atrelar seu nome a algo que não seja de qualidade, para não estragar sua reputação. Pode até dar uma caneta de R$ 0,40, mas ela precisa escrever, porque a imagem da empresa também está relacionada ao brinde. Claro que quanto mais caro melhor a qualidade e a aparência do brinde. Caro ou barato, o mais importante é que o brinde seja duradouro, porque, assim, o brinde circula por mais tempo, garantindo maior tempo para a fixação de imagem de marca”. O empresário deixa claro, então, que o mais importante é oferecer um brinde que agrade o público-alvo, que tenha qualidade e seja relevante. Tudo para manter a imagem de marca da empresa que oferece e assina a campanha que oferece o brinde.

Portanto, mulheres que conquistaram mais do que independência financeira e que estão em posição de liderança devem ser percebidas como público do mercado de brindes corporativos. Aqueles que além de relevantes estão especialmente de acordo com o perfil dessas consumidoras. O mercado, geralmente, disponibiliza brindes como agendas, canetas de luxo, conjuntos para escritório como brindes dirigidos para homens. Nada mais equivocado. Os números apontam para 50% de mulheres em postos de proprietárias e dirigentes de suas empresas. Campanhas dirigidas para essas mulheres devem ser repensadas e os modelos podem ser superados, a ponto de considerarem que mulheres empreendedoras podem ser presenteadas com brindes relacionados às suas posições profissionais. Afinal, são donas de suas próprias vidas.

Por Elisabeth Guimarães – Grupo Bríndice

Fontes:
Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP)
Rede Mulher Empreendedora
Prêmio SEBRAE Mulher de Negócios
Meio & Mensagem

Bancos sustentáveis e as práticas mercadologicamente corretas

Ações de relacionamento com o cliente, a concorrência e a sociedade fazem parte da estratégia de negócios das instituições bancárias

Relacionamentos são construídos por meio de uma série de interações que acontecem entre empresas e diferentes públicos. Estratégias que possibilitam às empresas uma capacidade maior de resposta aos desejos e necessidades desses públicos; de desenvolver ações adequadas a eles; de mensurar o potencial de consumo de produtos, serviços e retorno de imagem de marca. Ações sustentáveis desenvolvidas por bancos são estratégias de marketing de relacionamento que reafirmam os princípios das práticas econômicas, que beneficiam não apenas os clientes das instituições, mas o desenvolvimento de cidades, estados ou até países inteiros. O relacionamento com a concorrência e o poder público também faz parte dessas estratégias.

Um exemplo brasileiro de concretização dessas ações foi premiado pelo jornal britânico Financial Times, que entregou ao banco Itaú Unibanco o prêmio “2011 FT/IFC Sustainable Finance Awards”. Eleito o Banco Mais Sustentável do Mundo, o Itaú Unibanco é a primeira empresa brasileira a vencer a principal categoria do prêmio. O objetivo do reconhecimento é destacar as instituições financeiras que criam compromisso e valores capazes de favorecer o desenvolvimento sustentável. Considerando que a principal atividade do marketing é estabelecer uma relação de troca entre a empresa e os seus diferentes públicos, o relacionamento entre bancos e clientes é importante, pois será consolidado no principal valor para o negócio. Por isso, o Financial Times destacou os esforços do banco Itaú Unibanco em tornar a sustentabilidade parte central da estratégia de negócios da instituição.

No início de 2012, o banco ocupou a liderança isolada da pesquisa Lembrança de Marcas na Propaganda de TV, realizada pelo Datafolha e publicada com exclusividade pelo Meio&Mensagem. O comercial estrelado por um bebê que ri, enquanto um adulto rasga uma folha de papel faz parte da campanha “Itaú sem papel”, que incentiva clientes do banco a substituir extratos bancários enviados por correio pela versão digital. Um em cada cinco paulistanos apontou o filme como preferido e mais lembrado no mês de janeiro.

Esse é o retrato de uma ação do banco Itaú Unibanco com foco em sustentabilidade num patamar diferente de outras ações já desenvolvidas. De espectro mais amplo, a ação convida os clientes a colaborarem para uma sociedade mais equilibrada, beneficiando toda população sem distinção. Sem dúvida, é uma estratégia para agregar valor à imagem de marca da instituição junto aos atuais clientes e conquistar atenção e simpatia de clientes em potencial.

No dia 20 de março deste ano, a maioria dos jornais paulistanos publicou a notícia sobre o sistema de empréstimo de bicicletas que será instalado em São Paulo. Outra ação sustentável aliada às campanhas de relacionamento promovidas por bancos. O Bradesco e o Itaú vão dividir os investimentos e prometem colocar pelo menos 3,3 mil bicicletas nas ruas da capital distribuídas em 300 estações. O investimento total nos próximos três anos deve atingir a casa dos R$ 7 milhões. Essa ação de relacionamento focada em clientes de instituições concorrentes aponta para a importância da competição como um ingrediente central para a melhoria da oferta de serviços, sendo o cliente o principal beneficiado e “alimentador” da concorrência. Sem falar que cidadãos são formadores de opinião e o poder público interfere nas atividades comerciais das empresas. Assim, por meio de diferentes ações sustentáveis, instituições financeiras desenvolvem campanhas de marketing de relacionamento e conquistam resultados como a medição do potencial de consumo de diferentes públicos, agregam valor à imagem de marca e conquistam novos clientes.

Por Elisabeth Guimarães – Grupo Bríndice

Fontes:
Zenone, Luiz Claudio – Marketing de relacionamento:
tecnologia, processos e pessoas – São Paulo: Atlas, 2010
Instituto Ethos
Meio e Mensagem
Jornal O Estado de São Paulo

Apaixonados por socialização, interação e compartilhamento de informações

Dos 80 milhões de internautas brasileiros, 79% deles estão nas redes sociais (*)

Muitos profissionais da área de comunicação estão se manifestando na mídia a respeito do uso equivocado das redes sociais pelas empresas. O argumento desses profissionais reside no fato de que a maioria das pessoas está nas redes para encontrarem outras pessoas, não para encontrarem marcas. E as marcas não estão se relacionando com seus clientes adequadamente. Claro que esse grande número de clientes potenciais é importante para qualquer empresa. São mais de 63 milhões de brasileiros presentes nas redes sociais que em sua grande maioria quer se relacionar com outras pessoas, interagir e compartilhar informações.

A DM9DDB desenvolveu estudo inédito que apresenta uma nova classificação do consumidor em ambiente digital. O estudo, intitulado Perfis Digigráficos, conclui que as mudanças trazidas pelas inovações digitais pouco ou nada tem a ver com sexo, idade ou classe social, mas sim com três novos critérios: 1. Quanto e como as pessoas utilizam os recursos e equipamentos de tecnologia. 2. Quais são as intenções que elas têm ao consumir os diversos produtos digitais. 3. E, principalmente, quanto os recursos digitais servem para moldar a própria identidade. Com base nestes novos critérios, a DM9DDB adotou cinco perfis de consumidores digitais:

Imersos: tiveram parte de sua identidade definida a partir da tecnologia. Com ela, conseguiram “se encontrar”, definir melhor seus interesses e estabelecer melhores vínculos com o mundo. Personalidade e identidade foram definidas pela era digital, que lhes permitiu dar vida a mais personas.

Ferramentados: recorrem à tecnologia para agilizar as tarefas, mas não a idolatram. A tecnologia os ajuda nas tarefas cotidianas, facilita suas vidas. Mas não dependem dela nem são definidos por ela. Esse grupo é um exemplo de como as pessoas redefiniram a maneira de se relacionar com família, escolas, empresas e governo.

Fascinados: querem parecer modernos e tecnológicos. Para eles, computadores, gadgets e hábitos da era digital são ícones da modernidade – e consumir essas novidades os ajuda a atestar que são antenados. Eles são um excelente exemplo de como o relacionamento com os outros foi bastante modificado.

Emparelhados: a tecnologia é fundamental para pôr em prática os projetos da vida. Eles enxergam a tecnologia como a grande companheira para fazer o dia a dia acontecer. Sem ela, a vida fica extremamente complicada. Para este grupo, as máquinas são como uma extensão do corpo, potencializando suas capacidades humanas.

Evoluídos: o universo das máquinas e da tecnologia é seu habitat. São crianças e adolescentes que já nasceram adaptados e estão crescendo no mundo digital. Não conheceram o mundo pré-digital.

Para Cynthia Horowicz, VP de planejamento da DM9DDB, “o estudo é uma colaboração para as marcas, e será uma grande contribuição para que sofistiquem o entendimento do consumidor na era digital”. Rodrigo Maroni, diretor de planejamento e estratégia digital da agência, completa: “Essa nova classificação dos consumidores nos permite aumentar a eficiência das ações digitais, pois nos orienta a gerar ideias mais relevantes para cada público”.

Os brasileiros passam três vezes mais tempo navegando na internet do que assistindo à televisão e trocam informações sobre produtos e marcas antes de decidir qualquer compra. Portanto, cada vez mais a opinião e o relacionamento com pessoas que podem ser consumidores potenciais de uma marca é essencial. Criar uma imagem de marca que seja sustentável na prática é fundamental para a sobrevivência das empresas nas redes sociais. A marca deve aprender como encantar, conversar, interagir e oferecer informação relevante para cada uma dessas pessoas. Sejam elas imersas, ferramentadas, fascinadas, emparelhadas ou evoluídas.

Por Elisabeth Guimarães – Grupo Bríndice

Fontes:
Ibope Nielsen Online (*)
O número total de pessoas com acesso à internet em qualquer ambiente (domicílios, trabalho, escolas, lan houses ou outros locais) atingiu 79,9 milhões no quarto trimestre de 2011, segundo o IBOPE Nielsen Online. O crescimento foi de 2% sobre o trimestre anterior, de 8% sobre o mesmo período de 2010 e de 19% em relação a 2009. Os ambientes casa e trabalho foram os principais responsáveis pela expansão do total de internautas no Brasil em 2011.
DM9DDB

A vez, a voz e a vontade dos consumidores de Leite Moça

Das embalagens às ações digitais, Leite Moça transformou os desejos dos consumidores em estratégias de marketing e comunicação

Desde que os primeiros carregamentos de leite condensado chegaram ao Brasil, a Nestlé utilizou as embalagens de Leite Moça como “veículos de relacionamento” com os consumidores brasileiros. No início, o produto era comercializado em farmácias com o nome de Milkmaid, como alternativa ao leite fresco. Como os brasileiros tinham dificuldade de pronunciar o nome do produto em inglês, passaram a chamá-lo “o leite da moça”, fazendo alusão à imagem da camponesa impressa no rótulo da embalagem. Em 1921, quando a Nestlé abriu sua primeira fábrica no país, na cidade de Araras (SP), optou por uma solução lógica, criada espontaneamente pelos consumidores e lançou o produto com o nome de Leite Moça. Essa foi a primeira participação dos consumidores na trajetória da marca e a primeira ação de relacionamento da empresa junto ao público.
Conta-se que em 1945 as eleitoras que apoiavam a candidatura do Brigadeiro da Aeronáutica Eurico Gastar Dutra criaram um doce, misturando Leite Moça com chocolate em pó para arrecadar fundos para a campanha dele. O Brigadeiro perdeu a eleição, mas o doce, batizado de brigadeiro, caiu no gosto popular. Assim, em 1950, o produto chegou às cozinhas das donas de casa como ingrediente ideal para o preparo de doces e sobremesas e as vendas do produto dispararam. Este foi um fator decisivo para a popularidade do produto no mercado nacional, considerando a predileção dos brasileiros por doces, compotas e frutas. Produtora de um item recomendado para uso culinário, a marca Leite Moça, mais uma vez, ouviu a voz dos consumidores, que apontavam os caminhos que definiriam o relacionamento entre a Nestlé e o público.

Uma década mais tarde, deu-se início a uma tradição preservada até hoje: a empresa começou a publicar receitas nos rótulos de Leite Moça. Os rótulos passaram a ser utilizados como “veículos” para a publicação de receitas especiais servidas em festas populares como Natal, Páscoa, Festas Juninas e outras. Durante 60 anos, o Leite Moça não encontrou concorrência no Brasil. Somente na década de 80, a Nestlé observou uma mudança na participação de mercado no segmento de leite condensado. O produto continuava liderando o mercado, ocupando 60% do total, enquanto outras marcas ganhavam participação: Mococa (25% do mercado) e Glória (5% do mercado).

De lá para cá, a marca se aproximou ainda mais do cotidiano dos consumidores. Uma das primeiras ações promocionais realizadas no país para promover o produto foi a campanha “Você faz maravilhas com Leite Moça”, de 1980. As melhores receitas realizadas pelos consumidores (em sua maioria, mulheres) eram estampadas na embalagem do leite condensado. Em 1998, observando a tendência que começou a valorizar a alimentação mais saudável, a empresa ampliou a linha e criou o Leite Moça com menos teor de gordura. Outro momento importante para a marca foi o lançamento de uma nova embalagem, em 2004, que despertou a atenção dos consumidores nas gôndolas dos pontos de venda e ajudou a distanciar ainda mais o produto da concorrência. Junto com o lançamento da nova lata, a Nestlé inaugurou um canal de relacionamento exclusivo, o Fale com a Moça. A ação sazonal mais uma vez pretendia aproximar os consumidores da marca, dando consultoria culinária por telefone e e-mail. Com a experiência, novos serviços e canais de contato foram criados. Os mais recentes são o site Moça, além dos perfis no Twitter e no Facebook e o aplicativo para iPhone. Atualmente, a Nestlé mantém ações e canais digitais, atualizando os meios que promovem o relacionamento com os consumidores de Leite Moça. Uma visita aos canais de comunicação do produto revela a via de mão dupla que transformou a voz do consumidor em fio condutor da história do produto.

Por ocasião da comemoração dos 90 anos da Nestlé, em 2011, a campanha de aniversário incluiu, dentre outras ações, o concurso “O Melhor Brigadeiro do Brasil”, que elegeu a melhor receita do doce. A receita vencedora veio de Curitiba e recebeu um prêmio de R$ 90 mil, enquanto a segunda colocada foi reconhecida com R$ 9 mil. As 10 melhores receitas classificadas foram premiadas com R$ 900,00. Os finalistas também tiveram suas receitas impressas nas embalagens de Leite Moça durante os meses de janeiro e fevereiro de 2012.

Desde o lançamento do Leite Moça, a qualidade e a versatilidade do produto geraram uma forte relação de fidelidade entre a Nestlé e o público feminino. Por isso, o Brasil se tornou o maior mercado de leite condensado do mundo; posição que mantém até hoje. Décadas antes do advento das mídias digitais, a Nestlé já praticava ações de relacionamento, transformando a voz e a vontade dos consumidores em estratégias de marketing e comunicação.

Por Elisabeth Guimarães – Grupo Bríndice

Fontes:
Leite Moça no site da Nestlé
http://www.nestle.com.br/site/marcas/Moca.aspx

Site exclusivo Leite Moça
http://www.nestle.com.br/moca/Default.aspx

Aplicativo para iPhone Leite Moça
http://www.nestle.com.br/moca/iphone.aspx

Leite Moça no Twitter
https://twitter.com/#!/LeiteMocaNestle/

Leite Moça no Facebook
http://www.facebook.com/LeiteMocaNestle?sk=info

Leite Moça nas embalagens
Presente em diferentes pontos de vendas

Uma marca com ‘S’ de saudável há mais de 65 anos

Sadia é a oitava no ranking das marcas mais valiosas do Brasil
Em pesquisa rápida, depara-se com diversas definições de branding; muitas equivocadas. A mais simples nos remete ao conjunto de ações ligadas à administração das marcas. As ações tomadas com competência levam as marcas além da natureza econômica, tornando-as parte da cultura do consumidor, influenciando e simplificando vidas, neste mundo de relações cada vez mais complexas e diferenciadas. Para a American Marketing Association, branding não é fazer com que um consumidor escolha uma marca ao invés da marca concorrente. É fazer com que um potencial consumidor perceba a marca como a única solução para o que ele busca. A Sadia, com seu ‘S’ de saudável, é um exemplo excelente.
A vida é mais gostosa com S de Sadia. Uma das campanhas publicitárias da marca que ficou amplamente conhecida pelos consumidores priorizava a relação da empresa com o Brasil e a brasilidade. Criada pela agência DPZ e lançada no final de 1998, ela tinha como assinatura ‘Sadia, o S do nosso Brasil’. A campanha mostrava na televisão e no cinema imagens de norte a sul do país, resgatando no jingle vários símbolos brasileiros que começam a letra S, como seringueira, samambaia, saci, sabiá e samba. Isso é branding.

A própria história da Sadia comprova isto. Em 2001 e 2003, a marca foi eleita a mais valiosa do setor de alimentos no Brasil pela consultoria inglesa Interbrand. Segundo outra consultoria, a BrandAnalytics/Millward Brown, somente a marca está avaliada em R$ 1.96 bilhões, ocupando a posição de número oito no ranking das 20 marcas mais valiosas do Brasil, em 2010. Resultado de brading.

Em 2004, a empresa iniciou a comemoração dos 60 anos de fundação com uma grande campanha publicitária institucional – ‘Sadia 60 anos. Uma história de amor’ (também criada pela DPZ, que colecionou inúmeros prêmios). Na linha do tempo da Sadia, temos informações dos primeiros passos da empresa como anunciante; ações que envolviam patrocínio, merchandising do programa “Cozinhando com Ofélia”, até a criação do mascote. Em 1985, o nome do personagem, que usa capacete e óculos de motoqueiro, foi escolhido em um concurso aberto ao consumidor. O nome Lequetreque, inventado por uma consumidora, serviu como uma luva para sua personalidade terna e ao mesmo tempo atrapalhada. A partir desse momento, a imagem de qualidade e pureza da marca Sadia passava a ter um mensageiro inesquecível.

Desde 2009, mesmo enquanto aguarda a aprovação do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) a respeito da fusão com a Perdigão (que resultou na criação da Brasil Foods), a Sadia continua lançando novos produtos – mantendo a mesma qualidade e o reconhecimento dos consumidores. Acompanha-se o lançamento do Hot Pocket® Pizza, com massa crocante e muito recheio, características muito valorizadas pelos amantes da guloseima. A novidade é um pedaço de pizza que fica pronto em apenas um minuto no microondas. Quem assiste TV sabe que a campanha está no ar – ‘Quem se vira, se dá bem’ (novo conceito para o Hot Pocket®; criação da agência DM9DDB). A marca Hot Pocket® foi a principal patrocinadora da segunda edição do festival de humor Risadaria, que aconteceu em São Paulo, entre os dias 24 e 27 de março, no Pavilhão da Bienal.
Sempre agregando valores à marca – mesmo quando se trata de campanhas de lançamento de produtos ou sustentação, mesmo quando (aparentemente) um valor institucional não é apresentado em determinada campanha, a empresa sabe que a imagem de marca está presente em cada ação mercadológica. Pode-se dizer que, quando uma marca investe em branding, ela inverte o processo de comunicação, pois a cada campanha veiculada, a marca fala por si só. Afinal, o sucesso da Sadia não tem receita, tem história; tem ‘S’ de marca saudável.

Por Elisabeth Guimarães – Grupo Bríndice

Fontes:
www.sadia.com.br
www.mundodasmarcas.com.br
Revista Veja, edição do dia 10.05.2011.