Seu produto desafia a categoria?

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Nintendo transformou o mercado de videogames com o Wii

Os consumidores de hoje, multitarefa, prestam cada vez menos atenção em produtos, comunicação e em embalagens. Mesmo as marcas líderes têm enfrentado problemas para continuar na dianteira do mercado. Adam Morgan, autor do best seller “Eating the Big Fish”, pergunta: O seu produto e a sua marca estão desafiando a sua categoria? Como está respondendo aos desafios?

Morgan faz outros questionamentos aos convidados de um evento realizado pela agência Future Group, a maioria gestores de grandes marcas nacionais e multinacionais. Quem é o desafiador se as embalagens são quase iguais? Quais competências o diferencia dos concorrentes? Quais são as emoções que mexem com o perfil do seu consumidor? As respostas são muitas.

Primeiro, não é preciso pensar em rupturas, embora elas sejam as melhores formas de ganhar a batalha pelo mercado, mas são muito mais difíceis de se conseguir. O caminho é olhar o negócio de fora. Fazer questionamentos que podem ser até ingênuos, mas que podem trazer boas soluções. Para ter uma ideia, não é preciso realizar grandes estudos. Basta olhar para outras categorias e ver o que pode copiar em seu negócio. Foi o que a Nintendo fez com o Wii.

O caso de sucesso do Wii
A empresa japonesa não se comparou a nenhum outro videogame para inovar nem ficou presa a seis gerações anteriores na produção de consoles semelhantes. Ela foi buscar nos esportes e nas brincadeiras a inspiração para criar um jogo que fosse lúdico, interativo e que o consumidor fosse mais ativo. O resultado é que, enquanto a Microsoft e a Sony têm tido prejuízos produzindo seus consoles, a Nintendo vem se solidificando como líder na maioria dos países em que está presente.

O sucesso do produto é tanto que, devido aos sensores capazes de captar o movimento inteiro do corpo do jogador, algumas entidades e profissionais de fisioterapia estão utilizando o Wii com o objetivo de estimular e conceder uma maior motivação de movimento aos seus pacientes. Aqui entra outra discussão importante. Apesar de o produto ter sido aplicado em outro segmento para o qual não foi planejamento, é bom estar atendo para não querer ser tudo para todo mundo. O importante, acredita Adam Morgan, é ter uma crença e segui-la até o fim.

É o caso da Zara. A crença dela é reproduzir moda a cada 15 dias. Já a marca de roupas intimas Blush acredita na descontração para criar uma experiência diferente para seus clientes. No cupom fiscal, além de discriminar o sutiã e a calcinha que o marido comprou para esposa, ele credita valores que o homem deixou de pagar com o advogado em caso de separação. “Essa é uma forma simples e eficiente de se diferenciar”, aponta Morgan.

Caminhos possíveis
A marca não precisa ser líder de mercado, mas pode liderar o pensamento das pessoas. A Apple não é líder de vendas de smartphone. Morgan recomenda que as empresas parem de gastar milhões em investimento para criar pequenas diferenças. “A Apple matou o iPod Nano para criar o iPod Mini”, analisa.

Na lista de ideias transformadoras do especialista estão três princípios para que o profissional de Marketing dê o primeiro passo. 1) Tenha clareza do que você vai desafiar. O que você pode mudar para favorecer a marca e ser lucrativo; 2) Seja interessante. A sua marca tem que ter e contar história; 3) Amplifique. Amplie cada vez mais as diferenças de seus produtos e de suas marcas.

Por Bruno Mello

Fonte: Mundo do Marketing

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