Web-Governar é Preciso…

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Há muito que a Web deixou de ser um ambiente com limitações de papéis e funções específias e isoladas. No ambiente virtual corporativo foram gradativamente acrescidas e disponibilizadas as mais variadas formas de interação, ferramentas e conteúdos para todos os púbilicos e interesses, sejam eles corporativos ou mesmo pessoais (para colaboradores, por exemplo).

A liberdade, assim como as possibilidades apresentadas pela evolução do uso da Internet, se, por um lado impulsionaram e criaram um ambiente que pode ser moldado e adequado, adaptado aos mais variados objetivos, por outro, criaram uma diversidade caótica e imensa de conteúdos, propósitos e utilidades. Como organizar os esforços e normatizar a utilização de um ambiente por natureza aberto, livre, colaborativo e descentralizado para que seu uso traga os melhores resultados e, ao mesmo tempo, minimize o risco de uma utilização incorreta ou danosa para pessoas e/ou empresas?

Com a crescente pressão exercida sobre as empresas no que concerne à confiabilidade e maturidade dos níveis de gestão, transparência e controle, diversos padrões foram sendo criados a fim de se instituir standards de governança e normatização, formatados por diretrizes atuantes nos mais diversos âmbitos – do corporativo às áreas funcionais.

No mundo digital isso também se tornou imperativo e, na medida em que a Web se propôs a englobar atividades e escopos dos mais variados impactos nas corporações – agregando diferentes perfis de riscos, inclusive -, a rede, como ambiente, passou a demandar aprofundamentos e maiores estudos focados em gerar diretrizes suficientemente eficazes para sua sadia governabilidade.

Apesar da possbilidade de estabelecer políticas de governança em diferentes instâncias e níveis hirárquicos, as políticas e diretirzes corporativas devem prevalecer em qualquer aspecto, podendo haver customizações e adaptações conforme as particularidades específicas de um determinado canal ou área, desde que não maculem as diretrizes primárias, ou seja, que regulam o “todo” da organização.

Via de regra, em primeira instância, quando falamos em governança devemos ter em mente que seu escopo deve levar em consideração os valores, a estratégia, seu posicionamento e os princípios de definição de regras, normativas e responsabilidades da empresa, independente da particularização em áreas, canais, processos, funções e individuos. De maneira complmentar e simultânea, devem existir ajustamentos e customizações capazes de incorporar as demandas específicas de áreas, canais, etc, assim como metodologias e controles relacionadas à operação da empresa e seus indicadores de desempenho que se “alimentam” dos processos e fluxos corporativos.

Ainda como papéis centrais da Governança, mais especificamente para o canal Web, podemos destacar sua importância ao estabelecer autoridades, responsabilidades e regras necessárias para efetivamente gerenciar todo o ciclo de operação digital da empresa, desde a concepção até à execução, prevendo o comportamento e possibilidades (oportunidades e riscos) de variáveis como canais, ambientes, mídias, ferramentas, funcionalidades, públicos, conteúdo, formatos, finalidades, tecnologias e processos relacionados nos níveis estratégicos, táticos e operacionais.

Apesar de a Web ser um ambiente largamente utilizado por usuários sem conhecimento técnico, algumas precauções e cuidados devem ser tomados a fim de que este ambiente (ou conjunto de ambientes) e suas ferramentas (proprietárias ou 2.0) sejam utilizados de forma segura e completa, provendo com eficácia e agilidade as informações e serviços para quem de direito.

O grande desafio consiste em preservar as características de liberdade e interatividade que a Web permite (de forma particular em função da natureza de cada ambiente) com os padrões e metodologias capazes de prover o desejado alinhamento do mundo digital com as políticas internas da empresa e seus padrões de controle.

Podemos dizer, em suma, que uma boa Governança de Web, em qualquer dimensão relacional (B2C, B2B, C2C, etc) presume a perfeita orquestração entre Pessoas, Processos e Padrões.

A governança de Web é um processo participativo que necessita do apoio e cooperação de toda a organização, estabelecendo, inicialmente, líder(es) para mobilização e formatação da nova arquitetura de gestão a ser implementada.

A relevância, o orçamento e os riscos associados às iniciativas digitais só vão crescer nos próximos anos. A necessidade de se estabelecer uma política de Governança digital forte e consistente tem a mesma importância e relevância que a Internet e demais canais de relacionamento vêm assumindo. E isso não é pouca coisa…

Fonte: Administradores

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