Brindes ecologicamente corretos e mercado promocional

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Agências que prestam serviços de comunicação ou mais especificamente que desenvolvem ações de marketing promocional devem repensar suas políticas internas – missão, visão e valores – a fim de entender e compreender o universo das marcas de seus clientes. A ideia é que analisem mais profundamente os propósitos desses anunciantes e seus respectivos mercados de atuação e públicos de interesse para gerar soluções promocionais que agreguem valor, ampliem o benefício social e reduzam o impacto ambiental, sugerindo planos estratégicos de ações promocionais que considerem a escolha de prêmios e brindes ecologicamente corretos.

De acordo com um estudo dos professores Cássio Turra e Bernardo Queiroz, da Universidade Federal de Minas Gerais, atualmente, dois terços da população brasileira ocupa a faixa etária considerada economicamente produtiva: entre 15 e 64 anos. O fenômeno é batizado pelos especialistas de bônus demográfico — uma fase próspera de um país que conta com o máximo possível de pessoas trabalhando. A proporção dos que estão em idade produtiva vai continuar a crescer até 2022, quando atingirá um pico de 71%. A previsão é que nessa data o número de brasileiros em idade produtiva passe dos atuais 130 milhões para 147 milhões.

O bônus demográfico pressupõe duas questões. A mais importante está nas mãos do governo que deve decidir se investirá em educação e no aprimoramento da força de trabalho para que os trabalhadores acompanhem o desenvolvimento econômico do país e consigam suprir as necessidades decorrentes desse novo cenário. A segunda questão diz respeito à preservação do meio ambiente. Ou seja, o desenvolvimento de projetos ecologicamente corretos nas áreas de conservação de energia, reciclagem, redução da emissão de CO2, recuperação das florestas, prevenção de enchentes e revitalização dos principais rios do país.

Se essas questões são importantes do ponto de vista macroeconômico; é fácil perceber como empresas de todos os portes podem colaborar para a preservação do meio ambiente, exigindo de suas agências de propaganda e promoção planos de comunicação e promoção, que incluam a escolha de brindes ecologicamente corretos. Parece pouco, mas aquela máxima que diz “Se cada um fizer a sua parte, o todo ganha” vale para todos os mercados.

Cada vez mais, ações são desenvolvidas com o objetivo de colaborar para o desenvolvimento sustentável. Uma das mais recentes ações que envolveram instituições governamentais, entidades de classe e empresas privadas diz respeito à substituição das sacolas plásticas distribuídas nos supermercados por sacolas biodegradáveis. O principal desafio é apresentar ao consumidor as vantagens em adotar esse novo comportamento em prol do meio ambiente. Enquanto as questões que envolvem o conforto ou o desconforto dos consumidores ainda são discutidas, o mercado de brindes continua fazendo sua parte.

Nos últimos anos, o mercado de brindes ecologicamente corretos cresceu muito e tem oferecido alternativas cada vez mais criativas para empresas que desejam associar suas marcas às questões de preservação ambiental. Os objetivos dos planos de ação são diversos e podem ser definidos para conquistar e/ou fidelizar clientes, agradecer fornecedores e valorizar a prestação de serviços dos colaboradores de uma empresa. Não importa. O mais importante é que anunciantes e agências de promoção promovam uma mesa de discussão em torno das diferentes formas de atuação de marcas: soluções promocionais que agreguem valor, ampliem o benefício social e reduzam o impacto ambiental. Meios que promovam diálogos e novas experiências dirigidas ao consumidor que faz parte dos dois terços da população economicamente produtiva. Milhões de brasileiros que estão demonstrando predileção por prêmios e brindes ecologicamente corretos.

Fonte:
Revista Veja

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