E quando nem o Marketing consegue resolver?

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De tanto estudar Marketing e Administração, eu acabei criando uma espécie de mania. Aliás, a palavra certa seria uma obsessão por respostas.

Mas respostas sobre o que exatamente?

Bom, sempre que eu passo, ou fico sabendo, de algum lugar que precisou fechar, ou que por algum motivo deixou de atrair clientes, pode ser um simples comércio, um restaurante, uma academia, ou qualquer outra empresa, eu fico me perguntando, o que será que poderia ser feito para que este determinado local ficasse mais atrativo?

O que o marketing poderia fazer para criar uma demanda? Será que algum plano de divulgação mais amplo resolveria o problema? Será que a melhor solução seria mesmo fechar?

Confesso que por vezes, por mais que eu pense em ideias, planos e soluções, estas simplesmente não aparecem! Quando isso acontece, admito que fico realmente chateado, não é possível estudar tantos cases e conceitos, e mesmo assim ainda não achar uma solução para o lugar.

Porém, quando eu me lembro de um trecho do brilhante livro escrito por Seth Godin chamado A Vaca Roxa, esse sentimento negativo costumar passar logo. Para melhor entender a situação, vou explica-la desde o começo.

Antigamente, nos primórdios do Marketing, a regra que vigorava no mercado era a seguinte: crie um produto qualquer, e quando eu digo qualquer, é QUALQUER um mesmo, divulgue-o insistentemente no mercado de massa e fique sentado esperando os lucros.

O processo era bem simples mesmo, pois ainda não existiam opções suficientes no mercado para que as pessoas pudessem comparar se compensaria levar esse ou aquele produto, elas simplesmente tinham a necessidade e compravam.

Era a época gloriosa do Ford T, o lendário carro que foi um sucesso de vendas mesmo saindo de fábrica com apenas uma única cor disponível.
Mas agora os tempos são outros! O marketing de massa perdeu espaço para as infinitas mídias existentes e a população está cada vez mais criteriosa e exigente, se o público não perceber valor nos produtos que a empresa vende, ou se estes não forem a opção mais barata, dependendo do caso, a marca é automaticamente descartada.

Ou seja, hoje, para que um produto ou uma empresa exista, primeiro é necessário identificar uma demanda de mercado, E NÃO O CONTRÁRIO!

A fase de querer criar qualquer coisa e pedir para que algum profissional de marketing se encarregue de empurra-la garganta abaixo do consumidor já passou! Tudo aquilo que está no meio termo, o comum, o não notável, não atrai mais a atenção das pessoas.

O Marketing na verdade deve ser o próprio produto que a empresa vende, ou o propósito da organização em si, o que o profissional de marketing faz, dentre outras coisas, é tornar conhecido ou mais atrativo esses benefícios já pré-identificados em pesquisas junto ao público, e não empurra-los pra cima dos consumidores com diversas propagandas de massa no anseio de que alguém se interesse por elas.

O mais do mesmo, hoje, não resolve mais. Ninguém quer outra padaria igual a do seu José, e nem uma pizzaria igual a do seu Pedro. Se não for pra ter um produto diferente, uma proposta diferente, ou qualquer outra coisa que seja diferente, o negócio dificilmente atrairá a atenção das pessoas por muito tempo.

Acredito que as pessoas criaram essa falsa ilusão de sucesso por essa herança do passado, entretanto, agindo dessa forma, você estará dependendo mais do fator sorte do que de qualquer outra coisa.

É exatamente por isso que às vezes eu não consigo achar respostas para minha mania de querer encontrar soluções para empresas sem nenhum propósito, sem nenhum diferencial, sem nenhum brilho.

É claro que é possível criar um propósito ou algo que dê uma vida extra para uma empresa, porém, às vezes, a marca/empresa em questão ficou tão desgastada, precisa de tantos ajustes, que o mais fácil seria mesmo começar tudo de novo.

Fonte: Administradores

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