O capital humano por trás do preço baixo

Há muito tempo brasileiros têm ido aos Estados Unidos e outros países em busca de mercadorias com preço baixo, e ao chegar lá se assustam com o baixo custo especialmente no setor têxtil onde conseguem encontrar casacos infantis forrados e até com capuz de marcas importantes por apenas U$3,00.

Está discrepância de preço revolta a todos, e nos faz ver como estamos acostumados a pagar caro e aceitar esta condição. Porém, quando está fazendo suas compras você alguma vez parou para pensar como esta peça chegou até você? Como é possível que alguma empresa lucre e ainda pague os custos com um valor tão baixo na mercadoria?

Convido vocês a refletirem o que é necessário negligenciar para que o consumidor pague tão pouco, e para isto tenho dois bons exemplos que me tocaram muito ao conhecer, em 2005 foi lançado o documentário China Blue onde mostrava a vida de uma garota do interior que foi trabalhar em uma grande fábrica de jeans na cidade que por sua vez, assim como muitas outras empresas, se aproveitam do fato de estar em um país com pouca possibilidade de qualidade de vida e deixam seus funcionários em condições de habitação e trabalho praticamente escravas.

Estes são apenas dois casos entre muitos que mostram como é preciso burlar as leis, agredir o meio ambiente e especialmente quantas pessoas se sacrificam com trabalhos sub-humanos para aumentar a lucratividade das fábricas e nos possibilitar pagar menos? Será que o custo de uma peça realmente paga todas essas consequências? Já não está na hora, diante de tantos protestos e lutas, de começarmos a pensar nas nossas ações e comprar de empresas confiáveis, que possuam selo de qualidade para comprovar que acima de um bom produto há responsabilidade social?

Pare e pense, quantos chineses deverão trabalhar 20 horas por dia, quantos bolivianos deverão vir ilegalmente para São Paulo e se esconderem dentro das oficinas, quantas empresas deverão desabar (como no caso de Bangladesh) para que comecemos a cobrar que nossos produtos devem fazer bem não apenas para o bolso, mas também para as condições humanas? Quantos?

Fonte: Administradores

Os cinco benefícios das comunidades de consumidores

Por: Enrique Perezyera

Mais do que nunca as companhias precisam estar melhor conectadas com seus consumidores e parceiros. A popularidade de aplicações de colaboração na internet, como o crowd sourcing, o nível de engajamento em plataformas como o Facebook e Twitter e o aumento acelerado no número de dispositivos móveis conectados criaram uma nova geração de consumidores e parceiros que têm expectativas sobre como eles se envolvem com uma empresa.

Compartilho aqui cinco benefícios de se manter conectado com os clientes por meio de comunidades:

Economia de tempo
Ao criar uma plataforma para consumidores compartilharem experiências, dúvidas e desafios, você oferece acesso não apenas a uma base de conhecimento, mas também a uma rede em que as opiniões de um membro possam fazer a diferença para o sucesso de outro. E isso não é diferente quando falamos sobre colaboradores e parceiros. Ao se basear em experiências adquiridas por profissionais em situação semelhante, você pode fazer com que sua empresa combine recursos existentes e milhares de dicas que podem levar a resultados muito mais rápidos, especialmente quando se trata de atendimento ao cliente.

Economia de dinheiro
Ao conectar seus clientes com outros altamente engajados, a diminuição de chamados que seu centro de atendimento recebe pode cair drasticamente. Em comunidades, os clientes irão responder perguntas uns dos outros e reduzindo a carga que chega ao call center.

Produtos aprimorados
Os benefícios da colaboração entre desenvolvedores de produtos com consumidores engajados no processo de idealização de um produto são muito relevantes. É importante ficar atento a todo tipo de feedback e testes em versões beta.

Lealdade reforçada
Quando uma empresa cria uma forte conexão e passa a entender em profundidade os gostos, as necessidades e o histórico de compra dos seus clientes, é possível criar, sob medida, produtos, ofertas e conteúdo direcionado a eles. No cenário de alta competitividade em que atuamos conseguir a primeira venda é apenas o primeiro passo. O desafio é fazer com que seu consumidor seja fiel à marca.

Vendas dirigidas
Estar conectado é deixar de oferecer um produto qualquer e passar a oferecer soluções. Para criar uma conexão mais forte com um cliente potencial, é necessário conhecê-lo, entender suas necessidades, vontades, histórico de compras e até mesmo prever futuras aquisições. Assim, sua empresa passará a oferecer soluções personalizadas e, consequentemente, fechará contratos mais frequentemente.

Enrique Perezyera é presidente da salesforce.com para América Latina e Caribe

Fonte: ClienteSA

O marketing 3.0: varejo digital

Estamos na era do valor. Tudo deve ter valor agregado, tudo deve estar ligado a algo que possua valor e que nos deixe conectados de alguma forma à aquilo que acreditamos.

As mídias sociais e a tecnologia deu força para essa nova forma de “marketear” e isso nos ajuda muito no comércio eletrônico. O consumidor comenta em um blog, twitter, segue o link e está lá em uma loja virtual que tem obrigação de “conversar” com aquilo que o consumidor lia anteriormente, vi casos em lojas virtuais fora do país que dependendo de onde vinha aquele consumidor o layout da loja era transformado para algo próximo do assunto que ele lia, muita tecnologia, tudo para agradar o consumidor e fazer com que ele não percebesse a diferença entre conteúdo e consumo.

Hoje o consumidor é colaborativo, gosta de fazer parte, gosta de ser ver e compartilhar e isso nos dá uma gama de ações para trazer esse consumidor para nós.

A Trendwatching, rede de pesquisas de tendências, diz que a motivação dos consumidores para cocriarem produtos é pessoal, alguns gostam de mostrar seu talento, outros de trazer o produto para sua vida de forma pessoal, outros ainda pensam em recompensas monetárias, alguns pensam que vão ganhar um emprego e por fim os que se divertem com isso, apenas.

Hoje o marketing está baseado no comportamento do consumidor, para tanto precisamos fazer uso da tecnologia que nos possibilita estar em contato constante com os mesmos. Aceito que hoje o conceito do marketing está baseado, segundo Kotler, nos 3 Is : identidade, integridade e imagem.

Não mais teremos o marketing de nenhuma empresa (principalmente virtual) como sinônimo de vendas ou ferramenta para gerar demanda, ele deve ser visto como fonte principal para ganhar a confiança do consumidor. A partir dessa confiança se vende mais e todas as ações serão fortalecidas.

Devemos ter em mente que os consumidores são os verdadeiros donos de uma marca e é para eles que trabalhamos. De nada adianta fazer uma marca boa, uma loja com excelente categorização, gateways seguros e rápidos e na entrega dar errado. A transportadora falhar ou ainda o SAC não funcionar. A sua marca estará sendo vista durante todo o período da experiência de compra e o dono dela (o consumidor) espera ser atendido da forma que ele deseja, temos o consumidor como centro da nossa estratégia.

Para dar entendimento ao nosso consumidor hoje que o marketing mudou e não se interessa apenas em impulsionar o consumo, mas sim entender como quer consumir devemos ter cuidado inclusive com as nossas parcerias, se temos como valor atendimento perfeito, não podemos ter parceiros que não pensem dessa forma, por exemplo uma transportadora que não entrega com excelência ou uma central de atendimento que não saiba passar seus reais valores quando acionada. O consumidor está conectado e sabe quem é quem, sabe para quem reclamar e quer colaborar para ajudar se você for bom o suficiente para isso e essa hoje também é uma nova função do marketing – estudar o consumo.

Essa visão deve ser compartilhada por todos da empresa, pois no mundo digital todos devem falar a mesma língua, seja o blog, a rede social, o sac, os seus colaboradores quando falarem da empresa, todos devem ter (na medida do possível) a mesma visão, só assim o novo consumidor vai acreditar que ele é mesmo o centro do negócio. Esse é o nosso desafio 3.0.

Fonte: Administardores

Ferramentas complementares

Por: Davi Bertoncello

Para quem é minimamente familiarizado com o universo do marketing, o que vou falar agora não é nenhum segredo. Raras são as agências de publicidade que tem a oportunidade de trabalhar em sinergia com as empresas de pesquisa e inteligência de mercado. Por quê? Talvez eu saiba parte das respostas depois de dois anos dedicados à pesquisa, após outros dez trabalhados como criativo em grandes agências de publicidade.

Faço uma pergunta aberta aos publicitários: quantas foram as vezes que vocês receberam um briefing com dados de pesquisa completos sobre o setor em questão? Eu posso responder por mim: TRÊS vezes. Outra pergunta chave: quantas vezes vocês tiveram uma campanha "gongada" na pesquisa de pré-teste ou teste de conceito? Mais uma vez respondo por experiência própria: CENTENAS.

A partir daqui fica fácil entender o porquê essas duas áreas não se bicam. É claro, a agência pensa "lá vem aqueles ´caras´ que derrubam dois meses do meu trabalho", enquanto que a outra parte pensa "olha lá os ´caras´ que nunca seguem o que falamos".

Desde que migrei da publicidade para a pesquisa venho tentando mudar esse panorama, e por tudo o que ocorreu ao longo de 2012 posso dizer que estamos no caminho certo. É claro que a grande maioria dos nossos parceiros ainda são os clientes finais, mas também estamos atendendo algumas agências. E a cada dia mais.

Existe uma lógica muito clara neste processo de aproximação, que é a percepção de ambos os lados de que somos ferramentas complementares do marketing. Ou, para sair da teoria, quem paga nosso salário, ao final de cada mês, são as mesmas pessoas.

Todas as agências que perceberem que fazer pesquisa antes de planejar/criar ajuda no sucesso da sua campanha lá na frente, vão economizar com essa brincadeira. Só o que estou querendo dizer é que criar subsidiado de informações sobre o seu público-alvo ajuda e muito no processo de planejamento e criação de uma campanha.

Cada profissional tem o seu método de chegar a um raciocínio interessante para a marca a qual está se dedicando. Ocorre que muito do que é pensado ali, sai da cabeça de um ou dois profissionais que, ainda que sejam brilhantes, tem todo um modo de pensar pessoal. Não é porque um profissional toma Coca-cola que ele necessariamente reflete o pensamento da maioria dos bebedores de Coca-Cola e, ao imaginar isso, acaba criando uma campanha pra ele mesmo.

É nessa acepção que faz sentido a pesquisa de mercado para publicitários, não tendo de maneira nenhuma a intenção de acabar com o "insight", com a criatividade, mas sim direcionar o brilhantismo desses profissionais e dar a eles subsídio, fomento para que possam criar campanhas cada vez mais direcionadas.

Como forças fundamentais e complementares, espero que, cada vez mais, possamos nos unir pelo bem comum do maior interessado para ambos os lados: as marcas para quem trabalhamos.

Davi Bertoncello é Sócio-Diretor Executivo da Hello Research.

Fonte: ClienteSA

Interação é fundamental

Quando se fala em venda multicanal, é preciso ressaltar que uma operação, independente do canal, passa primeiramente pela percepção do cliente, exigência e necessidade de interagir com a marca, segundo Fernanda Morete, diretora de canal direto da Telefônica Vivo. Para ela, a dificuldade das empresas está em atender e satisfazer o cliente em todos os meios, gerando a interação do mesmo com a marca. "O maior desafio de venda multicanal é promover essa interação do cliente entre os canais, com a mesma qualidade em ambos os contatos, seja por meio dos canais presenciais ou não", afirma.

Para atender a todos os perfis de cliente, a executiva conta que, na Vivo, os canais foram divididos em dois grupos, os presenciais e os não presenciais. "Eles fecham um ciclo de atendimento para melhor conveniência do cliente e interação com a marca da empresa, ou seja, de acordo com o perfil de cada um, seja o cliente que prefere ser atendido por varejos, por já possuírem vínculo de crédito, pelas lojas próprias ou revendas, buscando um atendimento mais consultivo, pela conveniência dos PDRs, ou na própria comodidade de casa, por meio da força de vendas porta a porta, ou dos canais on-line", explica Fernanda.

Para gerar autonomia nos pontos de venda, segundo Fernanda, é imprescindível o envolvimento das forças de vendas e treinamento intensivo. "Por isso, a Vivo adotou como estratégia promover o treinamento e engajamento dos profissionais do atendimento nas lojas próprias (funcionários), revendas, varejos, televendas e porta a porta", explica. Segundo a diretora, a atenção à área de vendas e treinamento reflete diretamente na capacidade do atendimento. "A exemplo do resultado de pós-pago que vem crescendo mês a mês. É um segmento de plano que exige mais conhecimento, com o forte crescimento dos smartphones, ou seja, capacitação do atendimento, independente do canal", conclui.

Fonte: ClienteSA