Projeto Havainas Ipê

“Um par que serviu direitinho para a fauna e flora brasileira”

E
sse é o título que apresenta a parceria da marca Havaianas com o Instituto Ipê no endereço eletrônico do projeto Havaianas Ipê. Desde 2004, a Alpargatas é parceira da ONG socioambiental que atua na preservação da fauna e flora brasileira. Da proteção de animais e plantas até o desenvolvimento de ações sustentáveis junto às comunidades que fazem parte do mapa de atuação do Instituto, o Ipê trata de questões ambientais em todos os seus aspectos, há 17 anos.

A Unidade de Negócios Sustentáveis do Ipê tem como missão gerar alternativas de renda para as comunidades residentes nos locais onde o Instituto atua e profissionalizar suas parcerias com a iniciativa privada. A parceria com a Alpargatas tem cinco objetivos: divulgar as espécies da fauna e flora brasileira, aumentar a visibilidade do Ipê e de suas ações, arrecadar contribuições para o crescimento institucional da organização, agregar valor à marca Havaianas, de modo que a expressão de responsabilidade socioambiental atribuída à coleção de sandálias fidelize e conquiste novos consumidores, estabelecer o compromisso corporativo da marca em respeito ao meio ambiente e sensibilizar os consumidores para a questão da conservação da biodiversidade.

O uso de imagens de animais da rica fauna brasileira nas estampas das sandálias foi a maneira encontrada para que tanto a Alpargatas quanto o Instituto Ipê agregassem valor às suas respectivas organizações. Essa foi a primeira vez em que a Havaianas colocou a marca de uma organização não governamental ao lado de sua marca. A Alpargatas transformou a nova linha de sandálias num item de série e o Ipê sabe que uma parceria com uma marca forte e rentável, tanto no Brasil como no exterior, só tende a valorizar sua imagem, disseminar sua causa e atrair mais recursos para o desenvolvimento de seus projetos.

Os modelos da linha Havaianas Ipê são comercializados em mais de 80 países e a cada nova coleção uma novidade chama a atenção dos consumidores. A primeira inovou pela técnica de policromia, nunca utilizada anteriormente em linhas da marca. Dessa forma foi possível a impressão da multiplicidade de cores características dos animais escolhidos para retratar a fauna brasileira. Em outra coleção, as sandálias ganharam a sutileza das aquarelas produzidas pela artista plástica norte-americana Shirley Felts, criada após uma viagem dela pelo Brasil para conhecer o Instituto Ipê. A coleção 2009 das sandálias Havaianas Ipê ganhou tiras transparentes.

Desde 2004, mais de 5,5 milhões de pares da linha de sandálias foram produzidos com imagens de espécies da natureza. Do valor da venda dessas sandálias, 7% é destinado ao Ipê. Até hoje, o projeto já arrecadou mais de R$ 2,3 milhões. Recurso que tem propiciado a criação de um fundo de conservação, que proporciona as condições necessárias para a sustentabilidade institucional da organização e de suas ações em prol da conservação da biodiversidade brasileira. Uma receita essencial para implementar mais de 50 projetos do Ipê espalhados pelo Brasil.

Os resultados da parceria são significativos para os dois lados em termos de ganho de credibilidade. De um lado, a Alpargatas chancela o Ipê no que diz respeito à seriedade do trabalho da organização e, de outro lado, o Ipê chancela a Alpargatas com relação à preocupação com a educação ambiental para a conservação da biodiversidade. Uma parceria que se transformou em case de sucesso, sendo apresentada em congressos, manuais e na mídia, tanto nacional, quanto internacionalmente. Interessante seria se ações promocionais e de relacionamento escolhessem as sandálias Havaianas Ipê e aumentassem as possibilidades de preservação da fauna e flora brasileiras.

Por Elisabeth Guimarães – Grupo Bríndice

Fontes:
Site Projeto Havaianas Ipê
Site comercial Havaianas
Site Instituto Ipê

O lápis também escreve a história do mercado de brindes

Desde o ano 70 a.C até os dias de hoje, o lápis sempre foi considerado um brinde versátil

De todos os instrumentos de escrita, o lápis é, sem dúvida, o mais versátil. Mesmo na era digital, o lápis ainda é utilizado por todos, especialmente por escritores, ilustradores e artistas de outras manifestações culturais ao lado das crianças do mundo todo que aprendem a escrever com ele. De longa durabilidade, o lápis exige poucos cuidados, não é afetado por variações climáticas e escreve até debaixo d’água ou no espaço. A história do lápis também inclui o trajeto desse brinde que escreve a história de campanhas de inúmeras empresas anunciantes.

Setenta anos antes de Cristo, Caio Plínio Segundo, também conhecido como Plínio, o Velho, menciona pequenos discos de chumbo que eram utilizados para direcionar o traçado de linhas. Em 1565, na Grã-Bretanha é localizado o primeiro registro do uso do grafite. Uma ferramenta em forma de sanduíche produzido com dois pedaços de madeira e um grafite entre eles. Na Alemanha, em 1644, encontra-se o primeiro registro do uso do lápis, por um oficial da artilharia. Em 1659, pela primeira vez, a profissão de fabricante de lápis é citada em documento oficial. Em 1761, em Stein, cidade próxima a Nuremberg, na Alemanha, Kaspar Faber inicia seu negócio de produção de lápis, a partir do grafite.

A partir de 1839 ocorre um aperfeiçoamento do processo de fabricação do grafite, com a adição de argila, uma invenção paralela do francês Conté e do austríaco Hartmuth no final do século XVIII. Argila e grafite moídos são desde então misturados até formarem uma pequena vara e depois queimados. A mistura de argila com grafite possibilitou a fabricação do lápis com diferentes graus de dureza. Com a aplicação dessa tecnologia, Faber aumenta a capacidade de produção de sua fábrica. A construção de um moinho de água permite que a serragem e o entalhamento da madeira possam a ser mecanizados e uma máquina a vapor torna a fabricação ainda mais racional. Assim, o caminho para a indústria de grande porte foi aberto.

Em 1856, Faber adquiriu uma mina de grafite na Sibéria, não muito distante de Irkutsk, que produzia o melhor grafite da época. O “ouro negro”, denominação do grafite à época, era transportado por terra nas costas de renas ao longo de caminhos inóspitos e acidentados. Somente ao chegar à cidade portuária, o material era enviado de navio para locais mais distantes. Dos tempos pioneiros até os dias de hoje, tanto a qualidade quanto a forma de produção dos lápis de grafite foram aprimoradas cada vez mais. Embora a forma e a aparência externa dos lápis tenham sido mantidas até os nossos dias, não é possível comparar os lápis fabricados antigamente com a pureza e a seriedade com que os produtos atuais são produzidos.

Atualmente, são comercializados diferentes tipos de lápis e como a impressão em madeira é uma das técnicas mais flexíveis, eles entraram para a história do mercado de brindes personalizados. De acordo com os empresários do setor, lápis de todos os modelos e preços são perfeitos para diversos tipos de ação promocional. Claro que todos os cuidados estratégicos são recomendados. Perfil do público, classe social, contexto da ação, congruência e relevância, tudo deve ser levado em conta. De qualquer forma, sabe-se que o lápis é um dos brindes também considerados universais. Todos nós um dia utilizamos o lápis como ferramenta, no mínimo utilizada para fazer anotações. Tradicional, o gift está sempre se reinventando para manter o espaço neste acirrado mercado. Os principais fornecedores do setor abastecem o mercado com soluções inteligentes e criativas para diferenciar o lápis comum do lápis personalizado, por exemplo, que carrega valores e imagem de marca da empresa anunciante.

Entre as opções disponíveis no mercado encontra-se o lápis ecológico. Ou seja, aquele que tem quase 40% de material reciclável em sua composição. Por meio dele, é possível traçar um plano de comunicação sustentável, agregando valor ao brinde oferecido na ação. De acordo com Roberto Marques Filho, sócio proprietário da Classic Pen, “Com os brindes ecológicos todo mundo ganha. O ciclo sustentável deve ser mantido por todos”. A empresa oferece, além dos lápis, outros produtos ecológicos como blocos de anotações e porta-recados produzidos em papel reciclado, que podem ser personalizados. O mercado de lápis personalizados ainda oferece outras possibilidades. Os chamados “evolution pencil” são produzidos a partir de uma resina termoplástica resistente que não oferece riscos para as crianças. No eventual caso de quebra, esses lápis não produzem nenhum tipo de lasca, tão comum nos lápis produzidos da forma convencional.

Outra opção diz respeito aos lápis personalizados chamados “evolution shapes”, que fazem muito sucesso entre os jovens. Esse tipo de lápis pode ser produzido em formatos pré-definidos. A serigrafia para a impressão em diferentes cores no corpo de cada unidade normalmente está inclusa nos preços oferecidos pelos fabricantes. E, finalmente, outro sucesso de vendas entre os fornecedores do setor estão os lápis “evolution style” produzidos com resíduos de material processado. São totalmente personalizáveis e contam ainda com uma pequena borracha em uma das pontas.

De todos os tipos e preços, o lápis pode ser personalizado de diversas formas e dirigido a diferentes públicos. Um brinde versátil que escreve a história de diversas ações promocionais de diferentes empresas que utilizam o lápis como um veículo de comunicação. Literalmente.

Por Elisabeth Guimarães – Grupo Bríndice

Neuromarketing. Um conjunto de ferramentas a serviço da pesquisa de mercado

Possibilidades e limitações desse novo campo de investigação mercadológica

Considerando que, nos últimos anos, o neuromarketing vem ganhando credibilidade e espaço no mercado de pesquisas de marketing, Prof. Pedro Calabrez Furtado, sócio-fundador da NeuroVox e professor da Pós-Graduação da ESPM, destaca a necessidade de uma percepção clara a respeito das possibilidades e limitações desse novo campo de investigação. Somos capazes de ler a mente do consumidor? O neuromarketing tornará obsoletas as tradicionais metodologias de pesquisa de mercado? Em palestra promovida pela ESPM, Calabrez abordou diversas questões a respeito do tema com o objetivo de desmistificar o neuromarketing, situando-o na realidade prática da pesquisa de mercado.

Segundo o especialista, neuromarketing é um conjunto de metodologias e ferramentas embasadas na neurociência, desenvolvido para colaborar com a pesquisa de marketing, na identificação e interpretação do comportamento do consumidor. Pode-se afirmar que neuromarketing é a aplicação de tecnologias neurocientíficas em pesquisas mercadológicas. Ou seja, é a união da ciência e do marketing para explicar a motivação do consumidor em relação à preferências, escolhas e decisões.

Ferramentas como a Eletroencefalografia (EEG) – análise gráfica das correntes elétricas do encéfalo registrada por eletrodos aplicados no couro cabeludo – a FER (Facial Expression Recognition) – reconhecimento das expressões faciais – e a Neuroimagem por Ressonância Magnética Funcional são exemplos das tecnologias utilizadas pelo neuromarketing em pesquisas, que pretendem analisar ativações cerebrais de consumidores em contato com determinada peça publicitária ou promocional, produto, embalagem ou marca.

Considerando que, nos últimos anos, o neuromarketing vem ganhando credibilidade e espaço no mercado de pesquisas de marketing, Prof. Pedro Calabrez Furtado, sócio-fundador da NeuroVox e professor da Pós-Graduação da ESPM, destaca a necessidade de uma percepção clara a respeito das possibilidades e limitações desse novo campo de investigação. Somos capazes de ler a mente do consumidor? O neuromarketing tornará obsoletas as tradicionais metodologias de pesquisa de mercado? Em palestra promovida pela ESPM, Calabrez abordou diversas questões a respeito do tema com o objetivo de desmistificar o neuromarketing, situando-o na realidade prática da pesquisa de mercado.

Segundo o especialista, neuromarketing é um conjunto de metodologias e ferramentas embasadas na neurociência, desenvolvido para colaborar com a pesquisa de marketing, na identificação e interpretação do comportamento do consumidor. Pode-se afirmar que neuromarketing é a aplicação de tecnologias neurocientíficas em pesquisas mercadológicas. Ou seja, é a união da ciência e do marketing para explicar a motivação do consumidor em relação à preferências, escolhas e decisões.

Ferramentas como a Eletroencefalografia (EEG) – análise gráfica das correntes elétricas do encéfalo registrada por eletrodos aplicados no couro cabeludo – a FER (Facial Expression Recognition) – reconhecimento das expressões faciais – e a Neuroimagem por Ressonância Magnética Funcional são exemplos das tecnologias utilizadas pelo neuromarketing em pesquisas, que pretendem analisar ativações cerebrais de consumidores em contato com determinada peça publicitária ou promocional, produto, embalagem ou marca.

Por Elisabeth Guimarães – Grupo Bríndice

Fontes:
Ciclo de Palestras na ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing / Propmark

Mercado de uniformes profissionais ditando moda

Uniformes inspirados nas tendências da moda ou moda inspirada nos uniformes?

Tecidos diferenciados, padrões de cores renovados, cortes impecáveis. Cada vez mais os uniformes profissionais são inspirados nas tendências da moda. Ou são os uniformes fontes de inspiração para os profissionais da moda? De um jeito ou de outro, eles vestem profissionais em diversas ocasiões e circunstâncias. Durante os eventos, são garçons, garçonetes, recepcionistas e seguranças que vestem uniformes; nos supermercados, são demonstradores de produtos (geralmente envolvidos em campanhas de degustação); nos shows, são recepcionistas, hostess, barmen e em casas noturnas são promotores que fazem as famosas blitz. Estes profissionais estão em todos os lugares e geralmente estão uniformizados. Em pesquisa, o Guia Bríndice percebeu que o mercado da moda e o mercado dos uniformes profissionais se confundem.

No universo dos uniformes profissionais também encontramos os esportivos, ocupando uma parcela significativa desse mercado, produzidos por grifes da moda. Para dar um só exemplo, uma notícia publicada no UOL Mulher – Moda se refere à Federação Italiana de Vela que anunciou no dia 3 de abril que a grife Prada (também italiana) é a patrocinadora do time de iatismo e vela do país. Os uniformes dos atletas marítimos que competirão nas Olimpíadas e Paraolimpíadas deste ano serão criados pela marca.

Para confirmar a percepção de que os mercados de moda e de uniformes se confundem, a dupla Viktor & Rolf apresentou no dia 12 de abril, em Paris, sua coleção para o inverno. Parcas, casacos, calças em couro e paletós são inspirados nos uniformes militares russos. No Brasil, o estilista André Phergom, revelado na Casa de Criadores, chega à Brasília com sua coleção de outono/inverno 2012 inspirada em uniformes militares espanhóis. O americano Tommy Hilfiger apresentou a coleção Cadet Academy, durante a New York Fashion Week, inspirada no lifestyle de um jovem cadete e seus uniformes, que variam do estilo militar ao esportivo, com influências do rock.

Do ponto de vista mercadológico, o mercado comprador de uniformes profissionais ou encomendados especialmente para campanhas de degustação, blitz e outras ações promocionais espera que esses produtos sejam concebidos para atender performances específicas, que vão desde o processo de seleção do tecido, interpretação da modelagem mais adequada para a função a que se destina até a integração da imagem corporativa da empresa promotora do evento ou da campanha promocional. A utilização de tecnologias de ponta associada à pesquisa faz dos uniformes profissionais produtos de alto desempenho e eficiência. O resultado é a satisfação do usuário final, em relação a conforto, segurança e durabilidade. Desta forma, as empresas fornecedoras de uniformes profissionais garantem a imagem de marca de seus clientes e ditam moda no que diz respeito ao profissionalismo, atendimento, qualidade e cumprimento de prazos.

Por Elisabeth Guimarães – Grupo Bríndice

Fontes:
UOL Mulher – Moda
Globo.com

Informações transformadas em conhecimento valem ouro

Publicadas num site ou compartilhadas em redes sociais são lados diferentes da mesma moeda

Num artigo publicado em 1996, intitulado “Content is king”, Bill Gates expôs sua opinião a respeito do futuro dos negócios na web: “O conteúdo é como imagino que boa parte do dinheiro de verdade será ganho na internet”, disse. Essas palavras tornaram-se realidade e hoje dizem respeito ao que chamamos de marketing de conteúdo. Quem faz essa citação é Claudio Torres em seu livro “A bíblia do marketing digital” e completa: “O conteúdo de um site passou a ser mais importante do que o endereço (URL) ou propaganda que se faz dele. Hoje, os consumidores buscam conteúdo, não sites”.

Em matéria publicada na Revista Wide “Entre site e rede social, escolha os dois”, Bruno Rodrigues define dois conceitos importantes para o entendimento de estratégias de marketing de conteúdo: a diferença entre as formas pelas quais a informação é distribuída, estruturada e disponibilizada nos sites e nas redes sociais. Segundo o especialista em comunicação e informação para a mídia digital, site é lugar de informação fixa e estruturada e rede social é lugar de informação flutuante e não estruturada.

Segundo Rodrigues, no meio digital, o conteúdo apresenta duas questões: perceber quais informações são transitórias e quais são perenes. “Se o usuário busca informação sobre um produto ou serviço é mais provável que vá encontrá-la num ambiente onde a informação esteja distribuída de forma fixa e estruturada. Portanto, num site. O visitante percebe, intuitivamente, por meio da lógica de uma boa arquitetura, onde está a informação e é estimulado ao retorno. Nas redes sociais, a informação é consumida instantaneamente pelo usuário e atinge seu objetivo primeiro: servir como instrumento de construção de relacionamento”, esclarece o especialista.

Informações publicadas num site ou numa rede social revelam os dois lados de uma mesma moeda. São ambientes de informação que possuem objetivos diferentes. O primeiro pretende criar um ambiente de esclarecimento; o segundo, de relacionamento. Em ambos, a matéria-prima é a informação. Depois dessa explicação, Rodrigues recomenda: “Quando for criar uma estratégia de presença digital, não pense em site ou rede; trabalhe com os dois”.

A partir desses conceitos, o Guia Bríndice entrevistou Bruno Rodrigues para que ele optasse a respeito das ações promocionais divulgadas nos hotsites construídos exclusivamente para divulgarem as campanhas. Indagado a respeito desses endereços eletrônicos que disponibilizam informações e, ao mesmo tempo, criam ações de relacionamento nas redes, o consultor comentou: “Os hotsites continuam sendo ambientes onde a informação trabalhada é extremamente persuasiva e o relacionamento, provocado. Contudo, boa parte do relacionamento acontece fora do ambiente do hotsite, em redes ou microblogs. E não há problema nisso. Os hotsites funcionam hoje como ‘plataformas de lançamento’ onde os usuários consomem informações para depois se relacionarem em outros ambientes”.

Bruno Rodrigues desenvolve um trabalho pioneiro sobre webwriting na América Latina. Ele escreveu a primeira coluna do mundo sobre o assunto e o livro “Webwriting – Pensando o texto para a mídia digital” (2000) foi o primeiro em língua portuguesa e o terceiro do mundo sobre o tema. Essas publicações, entre outros conceitos, destacam o modelo de gestão de conteúdo que classifica a informação por camadas. De acordo com a “metáfora da cebola”, Rodrigues chama a atenção para a distribuição da informação em camadas. “Ela é a base do conteúdo on-line. Contudo, é importante ter noção de que quanto mais profunda é a camada onde está a informação, maior é o risco dela não ser encontrada pelo usuário. Por isso, é importante criar poucas camadas em um site”, ressalta.

A respeito do modelo de gestão de conteúdo criado por Rodrigues, o Guia Bríndice indagou o profissional a fim de saber se a mesma classificação se aplica aos hotsites promocionais, ao que ele respondeu: “Os hotsites têm poucas camadas de informação; como eles são voltados para o lançamento de eventos ou produtos, as mensagens não justificam ambientes complexos. No máximo, hotsites possuem três camadas”.

Bruno Rodrigues também publicou a “Cartilha de Redação Web” para o Governo Federal. Num dos capítulos da cartilha, o especialista trata dos aspectos da informação além da palavra, que incluem imagem, áudio e vídeo. Considerando que os hotsites utilizam muitos recursos visuais, o Guia Bríndice questionou o especialista sobre como imagens, áudios e vídeos podem colaborar com o conteúdo de uma ação promocional. E a resposta não poderia ter sido mais surpreendente: “Outros formatos de informação como imagem, áudio, vídeo e animação (como Flash) são essenciais como parte do conteúdo de um hotsite, muitas vezes mais que o texto”.

Para finalizar a entrevista, a linguagem utilizada para comunicar ações promocionais foi o tema da pergunta. Afinal, redatores publicitários experientes dominam o discurso publicitário. Porém, características como persuasão, objetividade e relevância ganham outros sentidos quando se trata de produção de textos para a web. Essas características também valem para a redação de textos promocionais que pretendem divulgar campanhas na web? “Sim, os princípios do webwriting não variam, devem ser seguidos em textos de todos os estilos, seja institucional, comercial, de entretenimento ou noticioso”, completa. Os conceitos definidos por Rodrigues deixaram a certeza de que informações transformadas em conhecimento valem ouro.

Por Elisabeth Guimarães – Grupo Bríndice

Bruno Rodrigues, Consultor de Informação e Comunicação Digital, autor dos livros “Webwriting – Pensando o texto para a mídia digital” e “Padrões Brasil e-Gov: Cartilha de Redação Web – padrão brasileiro de redação on-line”.