Das sacolas plásticas às retornáveis

O brinde reciclável é a concretização do compromisso do mercado promocional em defesa do planeta

A substituição das sacolas plásticas por sacolas biodegradáveis envolve muitas outras questões, além daquelas que dizem respeito aos varejistas e consumidores. Antes, é uma iniciativa a favor da preservação do planeta. Um dos principais desafios das instituições governamentais, entidades de classe e empresas privadas é apresentar ao consumidor as vantagens em adotar esse novo comportamento em prol do meio ambiente.

Até o momento, as ações promocionais que escolhem as sacolas biodegradáveis como brindes estão claramente associadas aos pontos de vendas das grandes redes de supermercados. Outras ações, porém, podem ser desenvolvidas. E o mercado de brindes pode ser acionado para colaborar, lembrando que tem força para atuar, além de produzir sacolas retornáveis de todos os tipos e tamanhos. As ecobags são boas opções para cumprir diferentes objetivos em ações promocionais, agregando valor às marcas com mensagens de preservação do meio ambiente e de sustentabilidade. Já pode ser considerado de senso comum que todo esforço relacionado à disseminação de ideias a favor do planeta é bem-vindo.

Junto com a Prefeitura, a Secretaria do Meio Ambiente, o Governo do Estado de São Paulo e o Procon, a Apas – Associação Paulista de Supermercados – firmou um acordo de substituição das sacolas nos supermercados, baseado no projeto de lei 496/2007. Para incentivar os consumidores a mudarem de hábito e usarem sacolas retornáveis, a associação criou a plataforma “Vamos tirar o planeta do sufoco”. A campanha resultou em uma exposição de sacolas reutilizáveis de mais de quatro metros de altura espalhadas por diversos endereços da cidade de São Paulo. As esculturas do artista plástico Eduardo Srur produzidas com retalhos de lona são portadoras da mensagem de conscientização dirigida à população da capital para substituírem a cultura do descarte e adotarem práticas sustentáveis.

Em diversos supermercados estão sendo exibidos cartazes estimulando o uso das sacolas retornáveis com textos como “Poupe recursos naturais. Use sacolas reutilizáveis”. A iniciativa conta também com um endereço eletrônico que pretende incentivar a retirada de circulação de 6,6 bilhões de sacolas plásticas. A campanha tem o apoio de empresas como Walmart, Carrefour e Pão de Açúcar. As chamadas “lojas verdes” do grupo Pão de Açúcar, em São Paulo, oferecem como alternativa 13 sacolas retornáveis com preços que vão de R$ 2,99 a R$ 13,90, para os modelos mais resistentes. O Walmart incentiva a redução do uso das sacolas dando desconto para os consumidores que levam suas próprias sacolas no valor de R$ 0,03 a cada cinco produtos comprados. O projeto iniciado em 2008 já gerou a economia de R$ 2,2 milhões para os clientes da rede.

Anunciantes entram em ação
Importante destacar o trabalho de conscientização realizado por empresas de outros setores que estão fazendo parcerias com as redes varejistas. A Procter & Gamble passou a adotar medidas sustentáveis em suas promoções e criou a ação “Volte Sempre”. Em parceria com a rede Carrefour, a empresa pretende aumentar as vendas, incentivando os consumidores a retornarem mais vezes aos pontos de vendas. Na compra de três produtos da marca P&G, os clientes concorrem a nove prêmios de R$ 10 mil em barras de ouro. As lojas do Carrefour atualmente oferecem sacolas de papel que exibem a logomarca da promoção “Volte Sempre” acompanhada das assinaturas dos patrocinadores da ação.

A Black&Decker também está preocupada com a preservação do meio ambiente. Aliando esse propósito à intenção de chamar a atenção do consumidor, oferece sacolas retornáveis para quem adquire produtos da marca. As sacolas acompanham os eletrodomésticos comprados nas redes Extra e Carrefour, em São Paulo.

A contribuição do setor de brindes
Assim como as iniciativas das redes de supermercados e de alguns anunciantes, o mercado promocional também colabora para que brindes recicláveis de todas as categorias sejam adotados em ações promocionais.

Segundo Lilian Ghelman da Mais Ideias Brindes, a procura por sacolas retornáveis aumentou muito depois do projeto de lei que proíbe a distribuição de sacolas plásticas. “Além dos supermercados, outros clientes estão usando essas sacolas ecológicas em campanhas promocionais”, afirma Ghelman. A respeito do lugar ocupado pelas sacolas retornáveis no mercado de brindes, ela acredita que “Este é o futuro mesmo. Estive recentemente em viagem internacional e pude constatar total ausência de sacolas plásticas no mercado; exatamente como está acontecendo no Brasil. Isto não é moda, é tendência mundial”.

Gislene Mastro Antonio da Mat Brindes, declara que “A substituição das sacolas plásticas em supermercados vem trazendo muitas discussões a respeito de sua eficácia. Mas em algumas cidades, como Jundiaí, onde a substituição foi implantada há um ano, os resultados são positivos com grande adesão e aprovação da população”. Sobre a importância das sacolas retornáveis no mercado de brindes, Mastro Antonio comenta: “Para as empresas abre-se um mercado muito significativo a partir do momento em que associam suas marcas a produtos ecologicamente corretos como as sacolas retornáveis, criando campanhas de conscientização ou simplesmente usando as sacolas como brindes. Com foco nessa visibilidade, algumas empresas já distribuem sacolas com designs diferenciados para serem usadas como acessórios. No primeiro trimestre deste ano, tivemos um aumento de 60% de vendas de sacolas retornáveis”.

Os depoimentos das entrevistadas demonstram que, enquanto todas as questões que envolvem o conforto ou o desconforto dos consumidores ainda são discutidas, deve-se reconhecer que, sensível às questões de preservação do meio ambiente, o mercado de brindes está preocupado em oferecer cada vez mais produtos baseados no sistema de reciclagem. Todos direcionados ao mercado comprador que, preferencialmente, cria campanhas promocionais associadas a produtos recicláveis. Os brindes ecológicos são a consolidação do compromisso do mercado fornecedor e comprador com a defesa do planeta.

Por Elisabeth Guimarães – Grupo Bríndice

Fontes: Promoview e Mundo do Marketing

Era uma vez uma brincadeira que deu certo

A história de um menino que se transformou em um profissional entusiasta do marketing promocional

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e megafone de papelão na mão, o menino João, com apenas 12 anos, esperava o fim da missa realizada aos domingos na igreja da matriz de sua cidade natal para anunciar sua brincadeira. Uma mesa de pingue-pongue decorada e coberta por lençóis dos dois lados e ao fundo constituía o cenário de exposição de diferentes produtos. Todo tipo de quinquilharias, miudezas de toda sorte e objetos doados pela mãe do menino eram sorteados e identificados por números. Para participar do sorteio, bastava pagar alguns centavos e o participante adquiria o direito de tirar (ele mesmo) os números de dentro da sacola da sorte. Para motivar os participantes, o menino João e seus amiguinhos escreviam mensagens em cartazes informando as condições em que os visitantes podiam tirar a sorte gratuitamente. Quando um produto de grande valor era sorteado, os meninos gritavam alegremente, anunciando no megafone que havia saído a grande sorte.

Uma tabela de preços informava a quantidade de números que podiam ser comprados e seus respectivos preços. Quem comprava uma determinada quantidade de números concorria a um maior número de vezes. Uma dúzia de números, por exemplo, dava direito a concorrer ao sorteio quinze vezes. Havia também coringas que davam, a quem os encontrasse três vezes, o direito de participar gratuitamente a dez sorteios. Era uma algazarra e a cada domingo o evento ganhava mais e mais participantes. Para os pais do menino João não passava de uma brincadeira de criança. E era mesmo.

Acontece que a brincadeira deu certo e os negócios prosperaram. Ninguém reclamava, a não ser da falta de sorte. Todos participavam e muitos passaram a colaborar, considerando o sucesso da brincadeira. O dono do armazém da praça, agradecido pelo aumento do movimento em sua loja aos domingos, também doava algumas mercadorias. Até que um dia, o pai de João, presidente da Câmara Municipal da cidade alertou o filho para o fato de que o evento havia se tornado um negócio próspero, porém ilegal. Sem resistência, o menino ouviu as explicações do pai a respeito de emissão de notas fiscais, recolhimento de impostos e todo tipo de restrições à brincadeira que já faturava mais do que o comércio da mãe do menino numa semana próspera de vendas. Enfim, João acatou os conselhos do pai, encerrou suas atividades dominicais e partiu para o outro negócio. Outra história de sucesso.

Dessa história pode-se perceber que atrás da brincadeira aparentemente impensada, João e seus amiguinhos praticavam diferentes técnicas promocionais. O evento pode ser considerado uma feira de exposição que incluía ações de cuponagem, que hoje são conhecidas como “rebates, refunds ou redemptions”. As ações incluindo sorteio, concurso e vale-brindes do tipo achou-ganhou operavam com ofertas e esquemas de liquidação de produtos. Os cartazes de ofertas eram verdadeiras peças de pontos de venda. O tráfego de consumidores (traficbuilder) pode ser percebido como resultado indireto do evento, as técnicas de motivação e marketing de incentivo como parte do planejamento e a mesa de pingue-pongue devidamente decorada como uma estrutura eficiente de visual merchandising. Isso tudo sem falar que os meninos faziam propaganda do evento, por meio do megafone de papelão.

A história ainda mostra como acontecimentos da infância vividos de forma espontânea costumam apontar para histórias futuras promissoras. Melhor do que ler esta matéria é acompanhar o capítulo original escrito pelo autor, o menino João. No primeiro capítulo do livro “Marketing Promocional – A evolução da Promoção de Vendas”, João de Simoni conta como aconteceram seus primeiros passos pelos caminhos que o levaram a ser reconhecido como um dos profissionais mais respeitados do marketing promocional no Brasil. Ao final do capítulo, o autor confessa que mais do que o uso adequado de técnicas, meios, ferramentas, mecânicas e recursos, o menino João trabalhava com alegria. E aconselha: “Não deixe morrer a criança que há dentro de você! É nela que reside a matriz do adulto”.

Por Elisabeth Guimarães – Grupo Bríndice

Fonte: Promoview e Ferracciù, João De Simoni Soderini Marketing promocional: a evolução da promoção de vendas São Paulo: Person Prentice Hall (2007).

Geração Y. Ainda é um desafio para os profissionais de marketing e comunicação

Pesquisas colaboram para traçar estratégias promocionais para esse público multimidiático

Inquietos, os jovens nascidos entre os anos 80 e 90, conhecidos como Geração Y, são contemporâneos das novas tecnologias. De maneira geral, realizam muitas tarefas ao mesmo tempo: assistem à televisão, trabalham no computador, conversam por meio de chats e ouvem música. Também conhecidos como a geração do milênio se movimentam à vontade num mundo de normas e critérios muito diferentes da geração anterior. Alvo de interesse de diferentes marcas, a Geração Y representa também um público que merece permanente atenção já que podem ser dividido em perfis heterogêneos.

Uma pesquisa com 1.500 jovens brasileiros nascidos entre 1980 e 1990, realizada pela TRU Study traçou o perfil desta nova geração. Alguns traços chamam atenção: apenas 16% estão no mercado de trabalho e o dinheiro provém dos pais. Os gastos semanais desses jovens chegam a R$ 54,00. Ainda de acordo com a pesquisa, os jovens da Geração Y são mais tolerantes e menos preconceituosos: 95% acham que os idosos merecem respeito; 80% têm amigos de outras raças e 40% têm amigos com outra orientação sexual.

Considerando que se trata de um público que muda de comportamento e preferências com muita frequência, acompanhá-los ainda é um desafio para os profissionais de marketing que se comunicam com o mercado teen. Para atingir esses consumidores, portanto, é imprescindível a utilização adequada das ferramentas tecnológicas que estão incorporadas ao dia a dia deles e a elaboração de ações promocionais alinhadas aos seus gostos, desejos e valores.

Estudo do Instituto Brasileiro de Mercados de Capitais (Ibmec) dividiu os nascidos nas décadas de 1980 e 1990 em quatro categorias, de acordo com suas visões sobre o mercado de trabalho. A pesquisa mapeou em profundidade um grupo de estudantes de administração de várias instituições de ensino superior e mostrou que, apesar das semelhanças, eles apresentam comportamentos diferentes.

A economista Lúcia Oliveira, professora da graduação em Administração do Ibmec, constatou que os jovens da Geração Y podem ser divididos em quatro perfis distintos, conforme a visão sobre a vida e o trabalho: engajados, preocupados, céticos e desapegados. Os engajados aceitam as condições do mercado de trabalho sem questionamentos e centralizam a vida na carreira profissional. Os preocupados também dão excessiva importância à carreira, mas têm ambições mais modestas. Os céticos são críticos do mercado privado, por considerarem que há uma competição exagerada e nociva, e preferem as carreiras públicas ou acadêmicas. Os desapegados dão menos importância ao trabalho do que às atividades ligadas à família e ao lazer, e visam as empresas públicas.

Portanto, o planejamento de campanhas promocionais dirigidas para a Geração Y deve sempre considerar que o traço comum entre eles é, sem dúvida, o hábito de se comunicar, integrar e colaborar virtualmente. Essa constatação pode levar a decisões que devem ser consideradas, mas não necessariamente generalizadas, no momento da seleção dos brindes mais adequados para esses jovens. Eles podem ser conquistados quando presenteados com brindes tecnológicos. Pen drives, smart fones, jogos, MP3, MP4, MP5, acessórios para celulares e tantos outros que fazem parte do universo digital. Sempre lembrando que pesquisas acerca de diferentes perfis de comportamento e hábitos de compra são importantes ferramentas para a construção de todo e qualquer tipo de ação promocional dirigida a essa geração. Afinal, eles também gostam de praticar esportes, frequentar festivais e shows de música ao vivo, participar de maratonas estudantis e tantos outros eventos. Tudo depende do perfil. Eles são multimidiáticos e adeptos de muitas outras formas de viver, compartilhar e interagir.

Por Elisabeth Guimarães – Grupo Bríndice

Fontes:
Revista Exame
Ibmec

Informações transformadas em conhecimento valem ouro

Publicadas num site ou compartilhadas em redes sociais são lados diferentes da mesma moeda

Num artigo publicado em 1996, intitulado “Content is king”, Bill Gates expôs sua opinião a respeito do futuro dos negócios na web: “O conteúdo é como imagino que boa parte do dinheiro de verdade será ganho na internet”, disse. Essas palavras tornaram-se realidade e hoje dizem respeito ao que chamamos de marketing de conteúdo. Quem faz essa citação é Claudio Torres em seu livro “A bíblia do marketing digital” e completa: “O conteúdo de um site passou a ser mais importante do que o endereço (URL) ou propaganda que se faz dele. Hoje, os consumidores buscam conteúdo, não sites”.

Em matéria publicada na Revista Wide “Entre site e rede social, escolha os dois”, Bruno Rodrigues define dois conceitos importantes para o entendimento de estratégias de marketing de conteúdo: a diferença entre as formas pelas quais a informação é distribuída, estruturada e disponibilizada nos sites e nas redes sociais. Segundo o especialista em comunicação e informação para a mídia digital, site é lugar de informação fixa e estruturada e rede social é lugar de informação flutuante e não estruturada.

Segundo Rodrigues, no meio digital, o conteúdo apresenta duas questões: perceber quais informações são transitórias e quais são perenes. “Se o usuário busca informação sobre um produto ou serviço é mais provável que vá encontrá-la num ambiente onde a informação esteja distribuída de forma fixa e estruturada. Portanto, num site. O visitante percebe, intuitivamente, por meio da lógica de uma boa arquitetura, onde está a informação e é estimulado ao retorno. Nas redes sociais, a informação é consumida instantaneamente pelo usuário e atinge seu objetivo primeiro: servir como instrumento de construção de relacionamento”, esclarece o especialista.

Informações publicadas num site ou numa rede social revelam os dois lados de uma mesma moeda. São ambientes de informação que possuem objetivos diferentes. O primeiro pretende criar um ambiente de esclarecimento; o segundo, de relacionamento. Em ambos, a matéria-prima é a informação. Depois dessa explicação, Rodrigues recomenda: “Quando for criar uma estratégia de presença digital, não pense em site ou rede; trabalhe com os dois”.

A partir desses conceitos, o Guia Bríndice entrevistou Bruno Rodrigues para que ele optasse a respeito das ações promocionais divulgadas nos hotsites construídos exclusivamente para divulgarem as campanhas. Indagado a respeito desses endereços eletrônicos que disponibilizam informações e, ao mesmo tempo, criam ações de relacionamento nas redes, o consultor comentou: “Os hotsites continuam sendo ambientes onde a informação trabalhada é extremamente persuasiva e o relacionamento, provocado. Contudo, boa parte do relacionamento acontece fora do ambiente do hotsite, em redes ou microblogs. E não há problema nisso. Os hotsites funcionam hoje como ‘plataformas de lançamento’ onde os usuários consomem informações para depois se relacionarem em outros ambientes”.

Bruno Rodrigues desenvolve um trabalho pioneiro sobre webwriting na América Latina. Ele escreveu a primeira coluna do mundo sobre o assunto e o livro “Webwriting – Pensando o texto para a mídia digital” (2000) foi o primeiro em língua portuguesa e o terceiro do mundo sobre o tema. Essas publicações, entre outros conceitos, destacam o modelo de gestão de conteúdo que classifica a informação por camadas. De acordo com a “metáfora da cebola”, Rodrigues chama a atenção para a distribuição da informação em camadas. “Ela é a base do conteúdo on-line. Contudo, é importante ter noção de que quanto mais profunda é a camada onde está a informação, maior é o risco dela não ser encontrada pelo usuário. Por isso, é importante criar poucas camadas em um site”, ressalta.

A respeito do modelo de gestão de conteúdo criado por Rodrigues, o Guia Bríndice indagou o profissional a fim de saber se a mesma classificação se aplica aos hotsites promocionais, ao que ele respondeu: “Os hotsites têm poucas camadas de informação; como eles são voltados para o lançamento de eventos ou produtos, as mensagens não justificam ambientes complexos. No máximo, hotsites possuem três camadas”.

Bruno Rodrigues também publicou a “Cartilha de Redação Web” para o Governo Federal. Num dos capítulos da cartilha, o especialista trata dos aspectos da informação além da palavra, que incluem imagem, áudio e vídeo. Considerando que os hotsites utilizam muitos recursos visuais, o Guia Bríndice questionou o especialista sobre como imagens, áudios e vídeos podem colaborar com o conteúdo de uma ação promocional. E a resposta não poderia ter sido mais surpreendente: “Outros formatos de informação como imagem, áudio, vídeo e animação (como Flash) são essenciais como parte do conteúdo de um hotsite, muitas vezes mais que o texto”.

Para finalizar a entrevista, a linguagem utilizada para comunicar ações promocionais foi o tema da pergunta. Afinal, redatores publicitários experientes dominam o discurso publicitário. Porém, características como persuasão, objetividade e relevância ganham outros sentidos quando se trata de produção de textos para a web. Essas características também valem para a redação de textos promocionais que pretendem divulgar campanhas na web? “Sim, os princípios do webwriting não variam, devem ser seguidos em textos de todos os estilos, seja institucional, comercial, de entretenimento ou noticioso”, completa. Os conceitos definidos por Rodrigues deixaram a certeza de que informações transformadas em conhecimento valem ouro.

Por Elisabeth Guimarães – Grupo Bríndice

Bruno Rodrigues, Consultor de Informação e Comunicação Digital, autor dos livros “Webwriting – Pensando o texto para a mídia digital” e “Padrões Brasil e-Gov: Cartilha de Redação Web – padrão brasileiro de redação on-line”.

Mercado de uniformes profissionais ditando moda

Uniformes inspirados nas tendências da moda ou moda inspirada nos uniformes?

Tecidos diferenciados, padrões de cores renovados, cortes impecáveis. Cada vez mais os uniformes profissionais são inspirados nas tendências da moda. Ou são os uniformes fontes de inspiração para os profissionais da moda? De um jeito ou de outro, eles vestem profissionais em diversas ocasiões e circunstâncias. Durante os eventos, são garçons, garçonetes, recepcionistas e seguranças que vestem uniformes; nos supermercados, são demonstradores de produtos (geralmente envolvidos em campanhas de degustação); nos shows, são recepcionistas, hostess, barmen e em casas noturnas são promotores que fazem as famosas blitz. Estes profissionais estão em todos os lugares e geralmente estão uniformizados. Em pesquisa, o Guia Bríndice percebeu que o mercado da moda e o mercado dos uniformes profissionais se confundem.

No universo dos uniformes profissionais também encontramos os esportivos, ocupando uma parcela significativa desse mercado, produzidos por grifes da moda. Para dar um só exemplo, uma notícia publicada no UOL Mulher – Moda se refere à Federação Italiana de Vela que anunciou no dia 3 de abril que a grife Prada (também italiana) é a patrocinadora do time de iatismo e vela do país. Os uniformes dos atletas marítimos que competirão nas Olimpíadas e Paraolimpíadas deste ano serão criados pela marca.

Para confirmar a percepção de que os mercados de moda e de uniformes se confundem, a dupla Viktor & Rolf apresentou no dia 12 de abril, em Paris, sua coleção para o inverno. Parcas, casacos, calças em couro e paletós são inspirados nos uniformes militares russos. No Brasil, o estilista André Phergom, revelado na Casa de Criadores, chega à Brasília com sua coleção de outono/inverno 2012 inspirada em uniformes militares espanhóis. O americano Tommy Hilfiger apresentou a coleção Cadet Academy, durante a New York Fashion Week, inspirada no lifestyle de um jovem cadete e seus uniformes, que variam do estilo militar ao esportivo, com influências do rock.

Do ponto de vista mercadológico, o mercado comprador de uniformes profissionais ou encomendados especialmente para campanhas de degustação, blitz e outras ações promocionais espera que esses produtos sejam concebidos para atender performances específicas, que vão desde o processo de seleção do tecido, interpretação da modelagem mais adequada para a função a que se destina até a integração da imagem corporativa da empresa promotora do evento ou da campanha promocional. A utilização de tecnologias de ponta associada à pesquisa faz dos uniformes profissionais produtos de alto desempenho e eficiência. O resultado é a satisfação do usuário final, em relação a conforto, segurança e durabilidade. Desta forma, as empresas fornecedoras de uniformes profissionais garantem a imagem de marca de seus clientes e ditam moda no que diz respeito ao profissionalismo, atendimento, qualidade e cumprimento de prazos.

Por Elisabeth Guimarães – Grupo Bríndice

Fontes:
UOL Mulher – Moda
Globo.com